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[Resenha] Desenhando Letras de Juliana Moore


 








Desenhando Letras
Autor : Juliana Moore
Paginas : 144
Editora : Editora Sextante 
Gênero : Nacional, Técnico, Artes, Design
Classificação :


Sinopse:
Resgate o prazer de escrever à mão e desenvolva uma nova habilidade.
Quando foi a última vez que você escreveu em vez de digitar? Você gosta da sua letra? E se pudesse aprimorá-la de forma divertida e criativa?
Em Desenhando Letras, você vai resgatar o prazer de escrever à mão e aprender diferentes técnicas de es­crita, caligrafia e lettering.
Com uma linguagem acessível, a designer Juliana Moore nos leva a uma jornada de conhecimento e prática dessas técnicas, ensinando como aplicá-las para criar composições incrí­veis. Tudo explicado em detalhes para deixar sua agenda, seus ca­dernos e até suas paredes ainda mais coloridas!


Eu me animei com essa leitura, principalmente por minha filha ter um talento excepcional para o desenho. Com isso ela tem uma habilidade de traço e forma lindos e creio que a arte da escrita agrega valor a imagem. Então, antes de entregar o livro a ela eu li e fiz algumas atividades, afinal antes de entregar a ela eu precisaria confirmar se a proposta condiz com a idade. Vamos a agradável surpresa.

Esse é um guia prático e como o próprio nome sugere, oferece além de definições e conteúdos explicativos atividades para pôr em prática os ensinamentos, dados ao longo do livro. A uma linguagem acessível é alguns termos, ganham uma repetição bem-vinda ao aprendizado, pois é feito de forma sutil não cansando quem lê.
“A escrita nasceu da necessidade do homem de registrar sua passagem pelo mundo”
Assim como pensei para minha filha, o livro ganha aplicação para quem deseja fazer uso pessoal na hora de deixar a agenda, ca­dernos e para os mais talentosos até suas paredes mais coloridas! Eu creio que o livro cumpre a proposta de resgatar o prazer de escrever à mão e aprender diferentes técnicas de es­crita, caligrafia e lettering e para quem nasceu antes da turma dos anos dois mil vai se recordar que o caderno de caligrafia já foi item obrigatório na lista do material escolar. (E eu entregando total a idade, rs).

O livro acompanha a divisão em três partes sugerida no subtítulo: escrita, caligrafia e lettering, mas não pense que foi de forma impensada, ao contrário achei bastante oportuno e didático. Vale ressaltar que o livro é repleto de conteúdo desde a orelha, onde você vai descobrir que tem acesso gratuito a mais conteúdo de exercícios e treinamentos.

Cada um deles vai abordar o conceito, a aplicação e trazer a prática a quem está lendo através de atividades. E o que acho bem interessante salientar é que tudo é de forma clara e objetiva. Com o completo de frases que motivam e respondem aos principais medos e ansiedades de quem está de aventurando pela primeira vez. As explicações são acompanhadas de apoio visual com exemplos facilitando em muito o entendimento e assimilação do conteúdo. Então para esta chegando agora posso garantir que vai conseguir entender corretamente o que é ensinado e abordado ao longo do livro.

Tenho que dar destaque também ao importante esclarecimento de informações erradas ou equivocadas a respeito do assunto. O que é ótimo para quem quer aprender, então, falarei um pouco de cada parte, tentando mostrar o quanto achei a leitura e atividades proveitosas.
“Portanto a escrita, além de informar e registrar, é também uma atividade cognitiva e terapêutica.”
Sobre a escrita: logo no começo, temos uma boa resposta à pergunta: por que escrever à mão, e, porque é sim, possível acontecer o resgate do prazer da escrita dessa maneira. Ou, o desenvolvimento de nova habilidade. Preciso salientar, que a associação entre “letra bonita” bonita ou não para o aprendizado dessa arte, sempre surge quando os assuntos: Escrita, Caligrafia ou Lettering são levantados, de forma individual ou juntos. Por isso supus que foram excelentes as colocações e também propostas de atividades nesse sentido de tornar a letra pessoal mais bonita ou até legível.
“Caligrafia é a escrita com materiais que geram algum tipo de contraste, seguindo ou subvertendo modelos históricos. (...) traz também o aspecto artístico das letras, valorizando a estética e a legibilidade das formas.”
Entrando no assunto da Caligrafia, temos além de uma breve linha do tempo sobre a origem da escrita e como e, porque as letras foram normatizadas e claro o porquê disso. Assim, vamos além de aprender as diferenças entre escrita, caligrafia, lettering e tipografia, as classificações de modelos de letras e claro a importante lição de como usar esse livro em questão. Nessa parte também somos apresentados aos primeiros tipos de materiais para cada categoria de caligrafia, porém nada muito sofisticado o que permite que sejam de fácil aquisição. As referências dão um bom modelo para entender a atividade e os desenhos com direção e ângulos que ajudam a quem está iniciando.
“Lettering nada mais é do que desenhar as letras a partir de seu contorno ou preenchimento.”
Assim, chegamos ao ponto que imagino seja o desejo de quem ama a bela escrita e suas aplicabilidades, o lettering. Infelizmente, ainda sem tradução para o português e que por isso alguns acadêmicos usem letrismo. Achei a definição bem mais simples que a execução, até começar a ver que o caminho feito até aqui me preparou de forma bastante satisfatória pra achar o desenho das letras, quase tão fácil quanto a definição. Afinal achei esse o início de uma jornada de aprendizado e aprimoramento.

Fica também bem claro, a diferença entre a escrita, a caligrafia e o lettering. Que dá o ar mais moderno ao texto quando acrescentado os detalhes e ornamentos que enriquecem e personalizam o desenho, permitindo que o lápis mais simples, já seja um material adequado, porém sejamos honestos (você que me lê e eu) como amantes de papelaria nunca ficaríamos “apenas em um lápis”.

A edição é primorosa, com páginas em papel fotográfico, com imagens coloridas e diagramação que tornou o que era informativo e educativo em uma obra de arte prazerosa e com certeza incentivadora. A diagramação super confortável e o cuidado com os créditos fotográficos uma delicadeza que atribui a obra um sentimento de amor pelo trabalho realizado. O fato de o livro possuir uma dimensão de 20.96 x 27.94 cm além de facilitar a visualização das instruções, confere as referência e amostras um “merecia ser enquadrado”. O que convenhamos deixa ainda mais interessante e divertido se aventurar nesse guia.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] Um Cavalheiro a Bordo de Julia Quinn














Um Cavalheiro a Bordo
Autor: Julia Quinn
Páginas:  288
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Classificação:
 


Sinopse:

Julia Quinn já vendeu mais 1 milhão de livros pela Editora Arqueiro.
Ela estava no lugar errado…
Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna.  Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão.
Ele a encontrou na hora errada…
Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico.   No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela.   Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando Andrew descobre que Poppy é uma Bridgerton, entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo.  Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante paixão. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?

Este é o terceiro livro da serie Os Rokesbys e traz como protagonista Poppy Bridgerton, prima de Edmund Bridgerton, e que pra mim é a melhor Bridgerton dessa série. Ela foi passar uma temporada com a prima, mas adora explorar os arredores do local, detesta ficar em casa. E é em um desses passeios exploratórios a beira mar que ela se desvencilha de sua acompanhante e encontra uma caverna abarrotada de itens aparentemente valiosos. Mas é surpreendida por dois piratas a levam com eles pois ela acabou de encontras seu esconderijo. Mesmo jurando não os denunciar ela é levada e embarca numa grande confusão cheia de aventuras.

Poppy foi levada amarrada e amordaçada ao encontro do capitão do navio que é claro não é ninguém menos que Andrew Rokesbys. O que Andrew menos esperava é ver uma dama amarrada em seu navio mas também não poderia acreditar nela e deixa-la sabendo do esconderijo da caverna. Sendo assim, se vê obrigado a leva-la na viagem de uma semana até Portugal, e obviamente terão que dividir o mesmo espaço.

"Onde mais ele encontraria uma mulher que achasse gaiolas pombalinas um assunto interessante? Que conseguisse pegar cada comentário sarcástico que ela fazia, torcê-los, virá-los do avesso e devolvê-los de forma ainda mais sagaz."
Andrew na verdade não chega a ser um pirata, ele transporta documentos a mando da coroa real britânica, só que tudo em segredo. E como já sabemos é bem conhecido da família Bridgerton, vizinhos de uma na verdade. O nome da família teve muito peso quando ele descobre a verdadeira identidade da mocinha e sendo assim ele manteve a jovem senhorita Poppy em segurança por todo o período em que esteve no seu navio. O envolvimento e as implicâncias um com o outro acabou sendo inevitável durante este período, assim como o romance também se tornou inevitável.
"Poppy, a única mulher entre os irmãos, considerou ultrajante o fato de que ser a a única Bridgerton a morrer em caso de naufrágio, e foi isso que disse aos pais - exatamente com estas palavras - antes de marchar para junto dos rapazes e se atirar de cabeça no lago."
A maior parte do livro se passa dentro da cabine do navio de Andrew, onde a Poppy se encontra trancada para a sua própria segurança. Mas ela acaba fazendo amizade com o jovem Billy, o mais novo marujo de Andrew. As conversas são engraçadas, elaboradas e gostosas de ler.

A passagem da história em Portugal também é bem interessante e fogem um pouco da mesmice britânica. Quando tudo se resolve e ela enfim volta para casa, a finalização do desfecho não é corrida ou desleixada o que torna a experiência da leitura ainda mais gostosa e prazerosa.
Com certeza está entre os meus livros favoritos da autora.