Páginas

[Resenha] As Tumbas de Atuan”, de Ursula K. Le Guin – Livro 2









Título : As Tumbas de Atuan – Vol. 2
Autor : Ursula K. Le Guin
Páginas : 160
Editora : Arqueiro 
Gênero : Fantasia
Classificação :


SINOPSE:

Quando Tenar é escolhida como suma sacerdotisa, tudo lhe é tirado: casa, família e até o nome. Com apenas 6 anos, ela passa a se chamar Arha e se torna guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um lugar sagrado para a obscura seita dos Inominados. Já adolescente, quando está aprendendo os caminhos do labirinto subterrâneo que é seu domínio, ela se depara com Ged, um mago que veio roubar um dos maiores tesouros das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe. Como m homem que traz a luz para aquele local de eternas trevas, Ged é um herege que não tem direito a misericórdia. Porém, sua magia e sua simplicidade começam a abrir os olhos de Arha para uma realidade que ela nunca fora levada a perceber e agora lhe resta decidir que fim terá seu prisioneiro.   As Tumbas de Atuan dá continuidade ao elogiado Ciclo Terramar com uma singela história que rompeu com os paradigmas das heroínas na literatura.


Antes de começar com a resenha, é importante que você saiba quem é Úrsula K. Le Guin. Escritora surgida na década de 1960, Ursula Le Guin conquistou diversos prêmios literários ao longo de sua carreira, entre eles o Prêmio Nébula - concedido anualmente pelo Science Fiction and Fantasy Writers of America (SFWA), para os melhores trabalhos de ficção científica/fantasia publicados nos Estados Unidos – e, também, o prêmio National Book Award na categoria livros infantis, em 1973. É uma autora de mão boa, tendo publicado diversos títulos nos campos da Fantasia, da Ficção Científica e até na área acadêmica.

Infelizmente, nós não tínhamos muitos títulos da autora traduzidos aqui no Brasil. Sua obra mais famosa em terras tupinambás seria, talvez, “A Mão Esquerda da Escuridão” - vencedor do Prêmio Hugo, em 1968. Mas a Editora Arqueiro acaba de lançar, em uma edição completamente repaginada e bem elaborada, uma das obras mais influentes de Ursula K. Le Guin: O Ciclo Terramar.

Composto por cinco volumes, O Ciclo Terramar narra as aventuras de Ged, ou O Gavião, um dos magos mais poderosos do arquipélago de Terramar.

No primeiro livro da série, O Feiticeiro de Terramar, acompanhamos as primeiras aventuras de Ged, até então um jovem rapaz que deixa a ilha de Gont para tornar-se um aprendiz de feiticeiro. Talentoso, mas bastante arrogante, Ged acaba libertando uma criatura das trevas, que passa a persegui-lo (você pode ler a resenha completa no blog Memórias Literárias).

A característica mais marcante no início da série é a jornada do herói. Ged, que até então é só um jovem aprendiz da magia, não tem ideia de todo o seu potencial. Ele é teimoso, impaciente e arrogante, e está mais do que desesperado para aprender as magias e os encanamentos mais complexos, o que o conduz numa viagem por todo o arquipélago de Terramar.

Já no segundo volume da série, As Tumbas de Atuan, Ged não é exatamente o protagonista. É interessante dizer que, num primeiro momento, Ursula K. Le Guin não tinha imaginado uma continuação para “O Feiticeiro de Terramar”. Mas depois do estrondoso sucesso de “A Mão Esquerda da Escuridão”, a autora não só decidiu revisitar seu universo, como também dar vida a sua primeira protagonista feminina.

Escolhida ainda aos seis anos de idade para se tornar a suma sacerdotisa da obscura seita dos Inominados, Tenar vê tudo aquilo a que mais amava ser arrancado de sua vida, inclusive seu própria nome. Ela passa a se chamar Arha e se torna, então, a suprema guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um labirinto sombrio e sagrado para os Inominados, onde estão guardados seus mais valiosos tesouros.

Já adolescente, Arha segue seu destino com resignação, até deparar-se com um feiticeiro autonomeado “O Gavião” – isso mesmo, o Ged! – que está ali para roubar o precioso Anel de Erreth-Akbe, uma relíquia mágica e dos maiores tesouros dos Inominados. Ele só não esperava ser capturado pela suprema guardiã das Tumbas de Atuan.

Sentenciado à morte nas trevas eternas, Ged aguarda seu destino cruel nas celas do escuro labirinto. Sua única esperança está em Arha, justamente aquela quem vai executá-lo. Mas esperto como só ele próprio sabe ser, Ged vai usar toda a sua inteligência e astúcia para mostrar a Arha uma outra versão dos fatos e, quem sabe, convencê-la a ir em busca de tudo aquilo que ela jamais teve a chance de desfrutar: sua própria vida.

Embora este segundo volume seja ainda mais compacto do que o primeiro, a narrativa construída em As Tumbas de Atuan tem um excelente ritmo. Os personagens são bem complexos e os diálogos entre Ged e Arha são bem intensos – uma característica marcante nos livros da autora. Liberdade, compaixão e autoconhecimento são os pilares sob os quais Ursula Le Guin decidiu dar continuidade às aventuras do feiticeiro de Terramar e são, também, a prova genuína da razão de a autora ser considerada uma das mães da Fantasia e da Ficção Científica.

A forma como Ursula K. Le Guin constrói seu universo fantástico é muito semelhante a outros autores de fantasia. Ela nos apresenta a magia e como ela funciona no mundo de Ged – todos os elementos possuem um nome oculto e, para controlar esses elementos, o feiticeiro deve conhecer esse nome. E embora este segundo volume seja ainda mais breve do que o primeiro, em momento algum a narrativa sai prejudicada.

A edição foi muito bem trabalhada pela Editora Arqueiro. O livro conta com uma belíssima ilustração de capa, e vem ainda com um mapa do Arquipélago de Terramar para você pendurar na parede e acompanhar a trajetória dos personagens.

Como dito anteriormente, a série conta ainda com mais três volumes e mais um livro de contos. Vamos esperar que a Editora Arqueiro nos traga todos com a mesma qualidade e capricho destes dois primeiros volumes.

Thiago Oliveira do blog Leitor Preguiçoso  (não sai de casa sem levar um livro, é sentimental, e só começa o dia depois de uma boa caneca de café.)

































[Resenha] “Amanhã Eu Paro!”, de Gilles Legardinier








Título : Amanhã eu paro!
Autor : Gilles Legardinier
Páginas : 304
Editora : Arqueiro
Gênero : Comédia Romântica
Classificação :


SINOPSE:

Qual foi a maior besteira que você já fez na vida? Julie Tournelle já fez muitas! Ela poderia contar sobre a vez em que resolveu descer as escadas enquanto vestia um suéter e acabou rolando pelos degraus, ou quando tentou consertar o plugue da televisão, ainda ligada na tomada, enquanto segurava o fio com a boca.... Ou, quem sabe, falar de sua louca obsessão pelo novo vizinho que ela ainda não conhece.
Na tentativa de tentar descobrir mais sobre o estranho bonitão, Julie acaba prendendo a mão na caixa de correio do novo vizinho, enquanto tentava espionar sua correspondência. Mas a pior parte foi ter sido flagrada e socorrida pelo próprio Sr. Misterioso.   Movida por uma curiosidade sem limites, Julie acaba vendo sua vida mudar completamente por conta de uma paixão inesperada. Mas essa paixão pode acabar colocando Julie em situações perigosas, já que seu misterioso vizinho pode não ser exatamente o príncipe encantado que ela espera.

A primeira coisa que você deve saber é que este NÃO é livro sobre gatos – muito embora eles estejam em todas as páginas deste livro. Julie Tournelle é uma jovem adulta que vive numa cidadezinha no interior da França. Ela mora em um apartamento pequeno, tem um emprego horrível e a coisa mais excitante que acontece em sua vida é assistir a dona da padaria discutir com o dono da quitanda do outro lado da rua.

Tudo muda quando, ao voltar para casa depois de um exaustivo dia de trabalho, Julie se depara com um nome novo nas caixas de correio de seu prédio: Ricardo Patatras. “Que tipo de sobrenome é esse, afinal” pensa ela. Acontece que esse pensamento acaba se tornando o gatilho que impulsiona Julie num mar de curiosidades. Quem é esse tal Sr. Patatras? Será que é velho? Será que é bonito? E, mais importante de tudo, será que ele está solteiro?

Quando se dá conta, Julie já está bisbilhotando a correspondência do novo vizinho, na esperança de tentar descobrir alguma pista sobre o misterioso Sr. Ricardo Patatras. Acontece que, por descuido, Julie acaba prendendo a mão na caixa de correio e, por uma terrível ironia do destino, é justamente o próprio Ricardo quem aparece para salvá-la.
“Aqui jaz Julie Tournelle, morta de vergonha uma hora atrás.” Eis o que teria sido gravado em minha lápide... Pág. 34
A partir daí, Julie e Ric acabam estabelecendo uma amizade – embora não seja exatamente isso que nossa heroína quer ter com seu misterioso e charmoso vizinho. Na verdade, depois desse episódio, a obsessão de Julie por Ric se torna ainda mais latente e, da noite para o dia, ela se vê elaborando as mais esfarrapas desculpas para topar “acidentalmente” com Ric.

Mas à medida em que os dois vão se envolvendo, Julie percebe o quanto Ric é um homem misterioso e escorregadio. Ele quase não fala de si mesmo e, sempre que Julie tenta perguntar alguma coisa, ele dá um jeito de fazer com que ela volte a ser o centro da conversa. Tudo o que ela sabe é que ele trabalha consertando computadores e que sai para correr todas as manhãs, sempre com uma mochila nas costas.

Cada vez mais intrigada e atraída, Julie passa a trazer novos hábitos a sua rotina na esperança de ter mais coisas em comum com Ric. Só que esse novo comportamento também faz com que ela comece a repensar sua vida e suas escolhas (o atual emprego que ela tanto detesta e que insiste em levar, a faculdade que ela nunca concluiu) e no quanto de sua juventude ela está deixando passar.

Logo, a vida de Julie acaba tomando um rumo inesperado. Claro, ela continua sendo estabanada e impulsiva, do tipo que se mete nas piores confusões só porque está apaixonada. Mas são justamente essas características, aliadas ao seu coração bondoso e gentil, que vão levá-la em direção a situações inusitadas que, diga-se de passagem, podem acabar sendo exatamente o que ela precisa.
“É preciso torcer por tudo, mesmo correndo o risco de se desiludir. É preciso experimentar tudo, mesmo correndo o risco de se ferir, entregar tudo, mesmo correndo o risco de ser roubado. Aquilo que vale a pena ser vivido obrigatoriamente nos põe em perigo. ” Pág. 194
O livro é deliciosamente bem escrito. Além de escritor, Gilles Legardinier também é roteirista, produtor e diretor de cinema, ou seja, sabe como construir uma narrativa. Alternando entre a comédia romântica e o suspense, o autor consegue construir uma heroína muito palpável com a qual a impossível não se identificar.

Apesar da pegada cômica que permeia quase toda a narrativa, o livro também traz reflexões importantes como o valor da amizade verdadeira e a importância de se autodescobrir e não ter medo de ir em busca dos nossos sonhos. “Amanhã Eu Paro!” é um romance leve e divertido, com uma narrativa bastante fluida. Ponto para a Editora Arqueiro, não só por trazer essa publicação para o Brasil, mas também pela adorável diagramação mantida na edição brasileira (tem gatinhos fazendo bagunça em todas as páginas, cuidado!).

Thiago Oliveira do blog Leitor Preguiçoso (não sai de casa sem levar um livro, é sentimental, e só começa o dia depois de uma boa caneca de café.)

[Resenha] Amor Imenso de Penelope Ward









Titulo : Amor Imenso
Autor : Penelope Ward
Paginas : 272
Editora : Essência 
Gênero : Romance 
Classificação :


Sinopse

Desde garoto, Justin amava Amelia, que odiava Justin desde que ele se mudou para a casa vizinha à da sua avó, em Rhode Island. Não, nada disso. Amelia também amava Justin, mas um mal-entendido o fez pensar que a garota mais incrível do mundo não correspondia ao seu amor e, pior, o odiava.  Os anos se seguiram, e os dois tomaram caminhos distintos até que o destino – e um empurrãozinho de Nana, avó de Amelia – os reuniu novamente na casa onde se conheceram quando eram adolescentes. Obrigados a compartilhar o mesmo espaço, Justin – que aparece na casa de praia de Nana com a namorada – e Amelia vivem como cão e gato. Orgulhosa, a princípio ela não dá o braço a torcer ao amor que sempre sentiu pelo vizinho e reluta o quanto pode contra os encantos de um Justin, agora, mais maduro e... muito mais atraente. Será que ambos resistirão à paixão e ao desejo que os incita desde a adolescência?


Essa é uma das historias mais lidas e emocionantes que já li. Justin é sensacional. E Amelia e ele juntos, faz você acreditar que tudo na vida tem um motivo e que simplesmente tudo, vale a pena.
Eu nunca tinha lido nada da autora, e já virei fã de carteirinha dela. A escrita é fantástica e envolvente. Amei...

A família de Justin se mudou para casa ao lado da casa de Nana, a avó de Amelia. E como seus pais do menino trabalhavam, a avo dela tomava conta deste adorável garotinho e dela. Com o passar dos anos os dois se tornaram melhores amigos e confidentes, a única coisa que deveriam, mas não confidenciavam, é que um eram totalmente apaixonados um pelo outro.

Quando se tornaram adolescentes, acontece um coisa que acaba com essa amizade. Ela por ser imatura e ele por querer sempre protege-la acabam se distanciando e desfazendo essa bela amizade, se tornando inimigos mortais ( ou quase isso). Ele permanece no mesmo lugar, mas ela vai morar com o pai em outra cidade.
" - ... obrigado por ter me ensinado que às vezes o que mais tememos é justamente aquilo de que nossa alma mais precisa."
Depois de uns dez anos, quando a avó de Amelia morre, deixa a casa dela de herança para os dois, metade para cada um. Amelia aproveita suas férias e o fim de um relacionamento conturbado, e vai tomar passe de sua parte, depois de dias de paz e tranquilidade ela é abordada dentro de casa por uma moça muito linda e simpática, Jade, uma linda atriz e namorada de Justin.

Porem, enquanto as duas conversam amigavelmente, Justin já chega agredindo verbalmente Amelia, e a guerra entre os dois começa. Existe muita raiva e muita magoa entre eles, mas nada que o tempo não possa resolver.

Justin é um cara lindo, compositor e musico talentoso, todo tatuado e que já esta cansado de ser abandonado por aqueles que ama. E por isso ele jamais gostaria de rever Amelia, seu amor da adolescência. Mas quando ele recebe a noticia de que recebeu de herança parte da casa onde viveu a grande e a melhor parte se sua vida. Ele tem que ir até lá. Ele só não contava encontra a Amelia lá no mesmo período que ele.
" - Você estava sempre lá... até que você não estava mais. Perder você me ensinou que eu não posso contar com ninguém além de mim mesmo. Formou que eu sou hoje... e isso não é necessariamente uma coisa boa."
Os dois brigam muito, mas Amelia e Jade viram grandes amigas. E com a obrigada convivência os dois vão deixando as diferenças para trás. Relembrando e superando as dificuldades do passado. Trazendo de volta aquela amizade à anos perdida. É claro que com a amizade vem a atração, o sentimento e tudo mais. Mas o respeito e admiração deles por Jade os impede de terem algo mais que amizade.
"Eu nunca te odiei. Eu não podia odiar você nem se eu tentasse. Acredite em mim, eu tentei."
A grande questão é que o destino tem reservado para Amelia e Justin uma surpresa/cilada/consequência que pode uni-los ou separá-los de uma vez por todas.

[Resenha] Tudo e Todas as Coisas de Nicola Yoon









Titulo : Tudo e Todas as Coisas
Autor : Nicola Yoon
Paginas : 280
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance, Drama, Ficção
Classificação :


Sinopse:

Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado. A decisão é sua.
A doença que eu tenho é rara e famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Não saio de casa. Não saí uma vez sequer em 17 anos. As únicas pessoas que eu vejo são minha mãe e minha enfermeira, Carla.   Então, um dia, um caminhão de mudança para na frente da casa ao lado. Eu olho pela janela e o vejo. Ele é alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. Ele percebe que eu estou olhando e me encara. Seu nome é Olly.
Talvez não seja possível prever tudo, mas algumas coisas, sim. Por exemplo, vou me apaixonar por Olly. Isso é certo. E é quase certo que isso vai provocar uma catástrofe.


Olá!! Eu realmente queria muito ler essa história e depois ver o filme, mas vamos ao livro. Comecei os primeiros capítulos de forma despretensiosa de minha parte e derrepente já estava na página 56, 118 e sem me dar conta me apaixonei pela história e não queria parar de ler.

Maddy, ou Madeline Furukawa Whittier, 17 anos, adora ler e estudar arquitetura. Tem uma mãe que é médica e uma enfermeira, Carla. Aí as coisas começam a ser diferentes para Madeline, afinal ela não é uma adolescente comum. Possui uma doença que a deixa presa dentro de casa numa bolha de proteção.

Apesar do tema médico o livro é maravilhoso na narrativa e nas descrições da vida de Maddy que poderiam ser apenas cópia do dia anterior, porém como alguém que lê ela tem muito a dizer sempre. As resenhas que ela faz no Tumbler são chocantes.
“Bem debaixo do nosso nariz existem mundos inteiros que mal notamos. ”
Outra coisa é que o livro parece ser um diário muito bem escrito e que você vai querer ler para entender como é a não vida de alguém que é protegida contra tudo, afinal ser alérgica ao mundo a faz ter o ar, a temperatura, a vida sob um controle rígido. Porém não existe como prever o imponderável.

Ollie ou Oliver alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. E por esses acasos da vida se muda para casa ao lado de Madeline.

Como alguém que não vive no mundo, mas o observa, Maddy passa a observar a vida e a família de Ollie e daí vem o encantamento mútuo a convivência por meio da internet e as descobertas.

De todas as coisas legais desse livro, as referências a outros livros e a metáforas, sim o livro está cheio delas, de uma forma tão delicada na escrita que me fazem pensar se eram intencionais ou não. E me vi lendo o mesmo livro de duas formas distintas ao mesmo tempo. Uma como adolescente que um dia fui descobrindo as maravilhas do gostar, desejar, apaixonar-se e também amar. Das descobertas, ilusões e desilusões as vezes junto e outras vezes em separado. Maddy poderia ser qualquer uma adolescente nesse momento.
“De uma coisa tenho certeza: vontade só gera mais vontade. O Desejo não tem limites”
Em outras como mãe que gostaria de dar tudo e ainda proteger de tudo que o mundo pode trazer de ruim para os filhos. De como é complicado lidar com o amor de mãe. Eu disse a minha quando minha filha nasceu: - Mãe, o mais triste hoje é descobrir que nunca vou te amar tanto quanto você me ama. E em vários momentos dessa leitura me vi pensando nisso, na letra da música da Legião Urbana
“Você me diz que seus pais não te entendem, mas você não entende os seus pais”.
Como a leitura foi em vários momentos livros diferentes para uma mesma pessoa e de como a personagem tem razão de que todas as vezes que lemos uma história ela estará diferente para quem ler. A história é a mesma, mas o leitor não é mais.

Outra coisa que torna esse livro muito bom é que a primeira parte você tem aquele clima de descoberta e felicidade que te deixam muito relaxada lendo e começa a criar uma expectativa que não vai durar. Com o relacionamento de Maddy e Ollie as coisas começam mesmo a mudar e ficam mais intensas. Porém a grande, grande surpresa no final dar ao livro quase um terceiro momento que coloca tudo de antes sob a lente de um microscópio e faz o livro ser realmente maravilhoso.
“É por isso que as pessoas se tocam. Às vezes, palavras não bastam. ”
A edição que li, é uma especial com fotos do filme e as ilustrações do livro anterior, tudo nele torna a leitura leve, maravilhosa e muito agradável, as folhas amarelas, o tamanho da fonte uma capa linda que mesmo quem prefere a original acaba se rendendo a beleza dela sendo a do filme. Eu mega indico a leitura desse livro que parece ser um presente para quem ama ler, pra quem não se apaixonou ou já se apaixonou, pra quem é mãe e pra quem é filha e filho.
“Se você não tem do que se arrepender é porque não está vivendo”
Boa leitura
Elisabete Finco. (Blog Pretenses)