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[Resenha] A Honras das Terras Altas de Hannah Howell









Título: A Honras das Terras Altas
Autor: Hannah Howell
Páginas: 272
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Classificação: 



Sinopse:

A Honra das Terras Altas nos conduz pelas luxuriantes belezas naturais da França e da Escócia do século XV enquanto um corajoso cavaleiro coloca a própria segurança em risco para salvar uma misteriosa desconhecida.   Há sete anos atuando como mercenário na França, sir Nigel Murray se entrega cada vez mais a uma rotina perigosa de bebida, mulheres e batalhas. Mas uma jovem fugitiva vai causar uma verdadeira reviravolta em sua vida.    Disfarçada de homem, Gisele DeVeau precisa escapar a qualquer custo dos capangas da família de seu falecido marido – um sujeito brutal que cometeu toda espécie de violência contra ela antes de ser encontrado morto em circunstâncias suspeitas. Todos acham que ela o matou.    Ao cruzar o caminho de Nigel, ele promete protegê-la e levá-la em segurança para sua propriedade na Escócia. Nessa fuga implacável, com hordas de inimigos em seu encalço, a única coisa que os dois não esperavam era ter que enfrentar também a paixão avassaladora que nasce entre eles.    Nesta história repleta de sensualidade, a lealdade de um guerreiro e a determinação de uma jovem serão postos à prova enquanto eles lutam pela sobrevivência e tentam vencer os traumas do passado para viver um grande amor.



Oi pessoal, hoje vou falar do segundo livro da série Os Murrays, foi uma releitura muito boa e estou amando as capas dos livros. Vale lembrar alguns detalhes muito importantes na leitura desta série. A primeira é que é uma história no período medieval, então foge bastante das histórias de época que são principalmente no período vitoriano. Outra diferença importantíssima é que ao invés de bailes e encontros para chá, nós temos neste período retratado guerras entre os países europeus e conflitos entre os clãs em se tratando da Escócia, como é o caso deste livro, mas poderia ser conflitos entre barões ingleses.

A Hannah possuiu algumas particularidades em suas histórias que eu gosto bastante. A primeira é que as suas mulheres são de alguma forma podemos guerreiras, elas fazem valer o seu valor e não se permitem ser capacho dos homens, o que faz com que os mocinhos as valorizem. Ela busca sempre por uma dose de humor, pelo período escrito o linguajar dos personagens é bem rustico, ela sempre põe algo “místico” em seus personagens, como um dom para curar ou um sexto sentido elevado e o que eu mais amo, seus personagens principais prezem pela higiene.
“A situação estava completamente fora de controle, concluiu enquanto avançava por entre as árvores. Quando um homem acorda esparramado na lama, sem saber ao certo onde está nem como chegou lá, ele precisa reavaliar seriamente a própria condição.”
Nigel Murray saiu de sua casa a mais de sete anos e tem vivido pela sua espada, de bebedeiras e mulheres, mas enfim chegou a hora de retornar. Ajudar uma jovem mulher neste processo, levando-a consigo para seu lar será apenas um benefício à parte, afinal, sendo ela viúva eles podem muito bem se conhecer melhor. Ele só não contava com tudo o que aconteceria durante o percurso.
“– Temo que nunca conseguirei entender como tantos de vocês podem acreditar nisso. Sim, a moça tem uma língua afiada e fala o que pensa mais do que alguns considerariam razoável numa mulher, mas assassina? Não, eu nunca pensaria isso dela. Só duvido agora porque sei os tormentos que suportou. Ou melhor, sei parte do que ela suportou. Talvez ela nunca conte a ninguém a história completa. Quando um homem trata uma mulher desse jeito, ou ela enfraquece, fica aterrorizada e se deixa aprisionar ou vence o medo e foge. E, se não tem para onde fugir, acredito que seja capaz de matar. Não posso recrimina-la por isso.”
Gisele DeVeau foi obrigada por sua família a se casar com um homem abominável, e agora que ele foi assassinado, devido a sua língua solta, ninguém acredita que não foi ela que o matou. Quando Nigel aparece e se propõe a ajuda-la ela resolve aceitar, afinal, tirando o seu primo, ele é o único disposto a isto. Ela enxerga seu interesse masculino nela, mas será ela capaz de correspondê-lo? Será que ela vai conseguir se vir livre da família de seu marido? Só o tempo dirá.

A história transcorre então no atravessar dos dois pela França para conseguirem chegar ao porto e pegar um navio para a Escócia. Durante este trajeto, vamos conhecendo mais a história dos personagens e o enredo vai se desenvolvendo. Confesso que neste livro, ao contrário do anterior, eu gostei muito mais do personagem masculino, do que da mocinha. Mas os dois precisaram enfrentar os fantasmas do passado, para serem quem sabe, felizes juntos.

Resenhado Por Carol Finco do Blog Pretenses
Boa leitura

[Resenha] Não Há Segunda Chance de HarlanCoben








Não Há Segunda Chance
Autor: HarlanCoben
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Gênero: Suspense, Policial
Classificação:



Sinopse:

Após ser gravemente ferido numa invasão à sua casa, o Dr. Marc Seidman desperta de um coma de quase duas semanas e descobre que sua vida foi destruída. A esposa foi assassinada. A filha, Tara, de 6 meses, desapareceu.
Depois de tanto tempo, parece impossível descobrir onde a bebê está, mas de repente Marc tem um alento ao receber um pedido de resgate. Só que o bilhete faz uma clara advertência: se ele falar com a polícia, nunca mais verá a filha. Não haverá segunda chance.
Sem ter a quem recorrer, Marc fica dividido entre a agonia e a esperança. E quando os investigadores passam a considerá-lo o principal suspeito dos crimes, ele precisa se lançar numa busca desesperada pela verdade não apenas para recuperar Tara, mas também para salvar a própria vida.

Queridos leitores, os direitos de Não Há Segunda Chancejá foram de duas outras editoras, mas a Editora Arqueiro conseguiu trazer o título para deixar a coleção de livros do mestre do suspense ainda mais completa. O livro também recebeu a nova identidade visual dos relançamentos que a editora está fazendo para comemorar os 10 anos do HarlanCobenna editora.

O livro é mais um“stand alone” (livro único) do autor e foi publicado nos EUA em 2003. Ele conta a história do Dr. Marc Seidman que teve sua casa invadida e levou dois tiros. Ao acordar do coma, descobre que sua mulher está morta e de que a filha de 6 meses de idade está desaparecida há 12 dias.

Ao receber alta, seu sogro lhe informa sobre um pedido de resgate. É Edgar Portman quem arruma os dois milhões de dólares. O sogro também entrega o celular que os sequestradores mandaram para poderem entrar em contato com as orientações para a entrega do resgate. A única condição deles é que Marc não envolva a polícia.
"Se não estiver sozinho, desapareceremos. Se for seguido, desapareceremos. Se eu farejar um policial, desapareceremos. Não há segunda chance. Entendeu?"
Marc pede ajuda para a polícia e o resgate acaba dando errado. Os bandidos pegam o dinheiro e desaparecem sem entregar a criança. Dr. Seidman fica desesperado sem saber da filha e os detetives passam a desconfiar ainda mais dele. Sem ter muito tempo para lamentar, Marc precisa encontrar a filha e provar sua inocência.

Falei com uma amiga que estava lendo Não Há Segunda Chance e ela me perguntou se estava gostando. Disse que não era o melhor livro do autor, mas que estava gostando bastante. O problema é que Harlan Coben costuma trazer dois ou mais crimes que vão se entrelaçando e revelando uma trama ainda maior e mais complexa. Aqui, temos uma trama mais simples. Mas não se esqueça que estamos falando de uma história do mestre do suspense, então, nada é o que parece.

Aos poucos a gente vai recebendo novas informações e montando o quebra-cabeça. Mais uma vez, só consegui desvendar o mistério junto com o personagem no final do livro. A narrativa de Harlan Coben é tão incrível que ele consegue envolver o leitor ao ponto de fazer a gente ver somente o que ele deseja que a gente veja.

A edição da Arqueiro está linda. Eles sempre fazem um trabalho primoroso. A tradução é de Beatriz Medina e a capa feita por Elmo Rosa. Adoro essa nova identidade visual e estou aproveitando para montar minha coleção de livros do autor.
"O que você seria capaz de fazer para salvar um filho?"
O livro foi adaptado para uma série francesa, mas, infelizmente, não está disponível aqui no Brasil.
Resenhado por André do Blog Garotos Perdidos

[Resenha] Um Cavalheiro a Bordo de Julia Quinn














Um Cavalheiro a Bordo
Autor: Julia Quinn
Páginas:  288
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Classificação:
 


Sinopse:

Julia Quinn já vendeu mais 1 milhão de livros pela Editora Arqueiro.
Ela estava no lugar errado…
Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna.  Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão.
Ele a encontrou na hora errada…
Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico.   No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela.   Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando Andrew descobre que Poppy é uma Bridgerton, entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo.  Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante paixão. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?

Este é o terceiro livro da serie Os Rokesbys e traz como protagonista Poppy Bridgerton, prima de Edmund Bridgerton, e que pra mim é a melhor Bridgerton dessa série. Ela foi passar uma temporada com a prima, mas adora explorar os arredores do local, detesta ficar em casa. E é em um desses passeios exploratórios a beira mar que ela se desvencilha de sua acompanhante e encontra uma caverna abarrotada de itens aparentemente valiosos. Mas é surpreendida por dois piratas a levam com eles pois ela acabou de encontras seu esconderijo. Mesmo jurando não os denunciar ela é levada e embarca numa grande confusão cheia de aventuras.

Poppy foi levada amarrada e amordaçada ao encontro do capitão do navio que é claro não é ninguém menos que Andrew Rokesbys. O que Andrew menos esperava é ver uma dama amarrada em seu navio mas também não poderia acreditar nela e deixa-la sabendo do esconderijo da caverna. Sendo assim, se vê obrigado a leva-la na viagem de uma semana até Portugal, e obviamente terão que dividir o mesmo espaço.

"Onde mais ele encontraria uma mulher que achasse gaiolas pombalinas um assunto interessante? Que conseguisse pegar cada comentário sarcástico que ela fazia, torcê-los, virá-los do avesso e devolvê-los de forma ainda mais sagaz."
Andrew na verdade não chega a ser um pirata, ele transporta documentos a mando da coroa real britânica, só que tudo em segredo. E como já sabemos é bem conhecido da família Bridgerton, vizinhos de uma na verdade. O nome da família teve muito peso quando ele descobre a verdadeira identidade da mocinha e sendo assim ele manteve a jovem senhorita Poppy em segurança por todo o período em que esteve no seu navio. O envolvimento e as implicâncias um com o outro acabou sendo inevitável durante este período, assim como o romance também se tornou inevitável.
"Poppy, a única mulher entre os irmãos, considerou ultrajante o fato de que ser a a única Bridgerton a morrer em caso de naufrágio, e foi isso que disse aos pais - exatamente com estas palavras - antes de marchar para junto dos rapazes e se atirar de cabeça no lago."
A maior parte do livro se passa dentro da cabine do navio de Andrew, onde a Poppy se encontra trancada para a sua própria segurança. Mas ela acaba fazendo amizade com o jovem Billy, o mais novo marujo de Andrew. As conversas são engraçadas, elaboradas e gostosas de ler.

A passagem da história em Portugal também é bem interessante e fogem um pouco da mesmice britânica. Quando tudo se resolve e ela enfim volta para casa, a finalização do desfecho não é corrida ou desleixada o que torna a experiência da leitura ainda mais gostosa e prazerosa.
Com certeza está entre os meus livros favoritos da autora.

[resenha] De sangue e ossos de Nora Roberts









Título : De sangue e ossos – Trilogia Crônicas da Escolhida 2
Autor: Nora Roberts
Páginas: 432
Editora : Arqueiro
Gênero : Distopia, Ficção
Classificação:

Sinopse:

Um novo poder está surgindo
Fallon Swift pouco conhece do mundo que existiu antes da Catástrofe. As cidades estão destruídas, gangues de criminosos e de fanáticos religiosos cruzam as estradas à procura de sua próxima vítima e aqueles que têm poderes mágicos como ela continuam sendo caçados.   Prestes a completar 13 anos, Fallon sabe que se aproxima o dia em que sua verdadeira natureza, sua identidade como A Escolhida, será revelada. No meio da floresta, ela começará seu treinamento sob a orientação do feiticeiro Mallick, que vem apurando as próprias habilidades ao longo de séculos.   A menina aprenderá métodos antigos de cura e técnicas de luta, conviverá com fadas, elfos e metamorfose e precisará descobrir dentro de si um poder que nunca imaginou possuir. Quando o momento certo chegar, Fallon vai empunhar a espada e o escudo e partir para cumprir sua missão.   Até que ela cresça o suficiente para se tornar a mulher que está destinada a ser, o mundo continuará em perigo. Fallon Swift é A Escolhida, e só ela poderá salvar a humanidade.

Olá pessoal, finalmente venho falar sobre o segundo livro da Trilogia Crônicas da Escolhida, De Sangue e Ossos. Eu sabia que quando começasse a ler não conseguiria largar e foi assim, li o livro todo no mesmo dia e agora ficarei sofrendo de expectativas até a editora Arqueiro publicar o último livro.

Espetacular é minha definição para a continuação do primeiro livro, a forma como a Nora dá andamento na história te prende totalmente e o desenrolar dos fatos para mim ficou ótimo. Ela realmente fugiu do foco romance e criou uma fantasia distópica muito especial. Vi no desenvolver da história a influência de outros livros nesta temática e achei especial, pois ao mesmo tempo é algo totalmente novo e diferente e a cara dela em todos os pontos. O foco principal desta vez é em uma única personagem, A escolhida, porém a história nos ensina que ninguém faz nada sozinho, é sempre necessário uma rede de apoio ao seu lado ou atrás de você.
“A catástrofe não poupou democracias, ditadores, parlamentos nem reinos. Alimentou-se de presidentes e camponeses com a mesma avidez. Nessa escuridão, as luzes que estavam apagadas por milênios acordaram. A ascensão das magias, a boa e a maléfica, foi um dos produtos do caos. Poderes despertos ofereceram uma escolha entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão.”
Este livro começa tendo passado 12 anos, com uma introdução explicando o que foi acontecendo durante este período até o momento atual, de todos os personagens finais do livro anterior. Fallon Swift durante seus doze anos de vida aprendeu de tudo com os seus pais, bem como sempre soube também que ao completar treze anos, um bruxo viria te buscar para lhe treinar e preparar para ser a pessoa que iria livrar o mundo da escuridão. Porém agora que seu aniversário se aproxima, ela se questiona se quer mesmo ter toda este responsabilidade, abandonar sua família por dois anos, para cumprir o chamado de ser “a escolhida”.
“– Algumas vezes, você pensa,planeja e avalia. Outras vezes, você sente e age. E sempre, sempre, confie no que está dentro de você. Confie no que você é. Você agiu bem.”
Veremos então uma criança se tornando uma adolescente, tendo que aprender como ser uma pessoa poderosa, inteligente e sábia. Não posso entrar em muitos detalhes porque as surpresas da história foram o que a tornou realmente tão boa de ler. Mas eu amei ver que a Nora não transformou uma criança em adulta devido a sua “predestinação” como salvadora do mundo, ao contrário, ela vai aprendendo sobre até mesmo si própria ao longo do caminho e vai tendo um crescimento gradual. Ela precisa tomar a decisão por vontade própria de ser a Escolhida ou as coisas não acontecerão como deve.

O desenvolvimento dos outros personagens também não fica esquecido ao longo da história, uma coisa que a Nora nunca deixa é seus personagens jogados ao vento, e assim vamos vendo também o crescimento dos outros ao longo da história que são tão importantes quanto a Fallon para que a escuridão seja derrotada. A narrativa continua maravilhosa e a emoção da expectativa é especial. Quero muito ler o ultimo livro desta trilogia porque estou amando até aqui e é uma história nota 5/5 sem sombra de dúvidas para mim.
Boa leitura,

Carol Finco do Blog Pretenses

[Resenha] O Café da Praia de Lucy Diamond







Título: O Café da Praia
Uma receita para o desastre ou uma receita para o amor?
Autora: Lucy Diamond
Páginas: 336
Editora: Arqueiro
Gênero: Chick-lit / Ficção / Literatura Estrangeira / Romance
Classificação: 5 de 5




Sinopse:
Em uma praia paradisíaca, Evie Flynn tem a chance de começar do zero…
Evie sempre foi a ovelha negra da família: sonhadora e impulsiva, o oposto das irmãs mais velhas bem-sucedidas. Tentou fazer carreira como atriz, fotógrafa e cantora, mas nada deu muito certo. Às vezes, ao pular de um trabalho para outro, ela tem a sensação de que lhe falta um propósito.
Quando sua tia preferida morre em um acidente de carro, Evie recebe uma herança inesperada, um café na beira da praia na Cornualha. Empolgada com a oportunidade de mudar de vida, ela decide se mudar para lá, mas logo descobre que nem tudo são flores: os funcionários não são dos melhores e o local está caindo aos pedaços. Tudo bem diferente dos tempos em que passava as férias de verão com a tia.   Apesar das dificuldades, pela primeira vez Evie está determinada a ter sucesso. Ao lutar pelo café, ela busca secretamente dar um novo rumo à sua vida e, assim, pode acabar conquistando bem mais do que esperava no trabalho... e também no amor.



Olá!! Estou bem animada para falar de uma leitura que realmente adorei fazer. Como é livro único, já fica a indicação para que você leia e se divirta com essa história digna dos melhores filmes da sessão da tarde. Te garanto que não vai haver nada nela que você queira mudar e que vai ser no mínimo uma leitura muito boa.

A história, vai ser narrada pela própria Evie que por ser tão diferente da mãe e das irmãs, sempre foi a ovelha negra da família: sonhadora e impulsiva, o oposto das irmãs mais velhas bem-sucedidas. Tentou fazer carreira como atriz, fotógrafa e cantora, mas nada deu muito certo. Às vezes, ao pular de um trabalho para outro, ela tem a sensação de que lhe falta um propósito. Mesmo tentando desesperadamente fazer tudo certo, sempre algo a puxa na direção oposta do caminho que ela pensa que deve seguir.
"Era como se alguém houvesse pegado minha vida e a sacudido, misturando todos os elementos de tal modo que eles já não se encaixavam tão bem quanto antes."
E assim logo no início vamos nos encantando com Evie, e já tomando ranço do embuste que ela chama de noivo, porque afinal a atitude dele ao saber que a tia preferida da noiva havia morrido em um acidente de carro, a atitude dele começa a ser cada vez mais e mais irritante. Mas as mudanças só haviam começado para ela, que não fica menos do que em choque ao descobrir que acabava de receber uma herança inesperada, um café na beira da praia na Cornualha.

Sendo Evie, logo ela está empolgada com a oportunidade de mudar de vida, ela decide se mudar para lá, mas logo descobre que nem tudo são flores: os funcionários não são dos melhores e o local está caindo aos pedaços. Tudo bem diferente dos tempos em que passava as férias de verão com a tia. Porém por maiores que sejam seus problemas para com a herança recebida, mas ela percebe que a sua tia conseguia ver mais do que ela própria sobre si mesma. E aquela é a oportunidade dela de realmente se encontrar.
“Eu assumiria o controle: aproveite o dia, vamos lá, Evie! Mas, primeiro, talvez precisasse de mais uma taça de vinho”.
E assim, com uma linguagem leve e divertida vamos conhecendo não apenas a nova vida dela ali no Café, como também a comunidade e claro alguns esqueletos que ela deixou trancando no passado, naquelas visitas a tia. O mais legal para mim foram os diálogos tão verdadeiros que você consegue imaginar a cena acontecendo e os personagens falando daquela maneira, e claro, se estiver na minha cabeça, com um sotaque levemente britânico para dar mais charme.

Outra coisa que amei foi o foco da história não ser o romance e sim o crescimento da personagem de ante a vida, o fato dela parar de tentar atender as expectativas dos outros a seu respeito e começar a alcançar as expectativas que sempre teve para consigo mesmo, o fato dela começar a criar um amor próprio baseado não apenas no que deu certo, mas também por não desistir durante as dificuldades, que convenhamos não são poucas, ao fato dela ter um senso de compaixão pelo próximo tão altruísta que isso só atrai amigos e as melhores coisas para ela própria.
“Ainda não está na hora de desistir. Eu continuaria a repetir isso para mim mesma até finalmente acreditar”.
Preciso dizer que adorei os personagens secundários na trama, cada um à sua maneira compõem um quadro muito interessante para história que em momento nenhum ficou arrastada ou cansativa para mim, pelo contrário flui super bem e me fez terminar a história com um sorriso.

A descrição do cenário é na medida exata para nos levar aquele cantinho perfeito na Cornualha e junto com Evie viver a maior aventura de qualquer pessoa, que é encarar à vida de frente e conquistar todos os dias a própria felicidade e de quebra um lar.

A edição mais uma vez está linda, com uma encadernação boa, folha amarela e uma ótima impressão que facilita a leitura. A tradução foi excelente por não tentar “abrasileirar” a história tirando o gostinho do leitor de viajar com a história.Espero que você decida ler e conhecer esse maravilhoso café na beira da praia, viver com Evie suas deliciosas aventuras e quem sabe se apaixonar por você mesmo no processo.

Divirta-se e boa leitura.
Elisabete Finco do Blog Pretenses

[Resenha] Enquanto eu Respirar de Ana Michelle Soares








Título: Enquanto eu Respirar
Autor: Ana Michelle Soares
Editora: Arqueiro
Gênero: Drama e Não-Ficção
Páginas: 240
Classificação: 



Sinopse:
Aos 32 anos, não foi fácil para a jornalista Ana Michelle Soares receber o diagnóstico de que seu câncer de mama tinha voltado e atingira outros órgãos. Não havia mais possibilidade de cura. O tratamento seria focado em controlar a doença e seus sintomas – e em lhe proporcionar a melhor vida até o fim.  Num relato visceral, marcado pelo humor ácido e por toda a coragem e urgência de quem não tem tempo a perder, AnaMi conta como o contato com a morte transformou para sempre sua maneira de enxergar as coisas.  Em busca da cura da alma, encontrou uma grande companheira de jornada – a Renata, que enfrentava algo muito parecido – e, nesse processo, descobriu a si mesma. Dessa parceria nasceu a conta @paliativas no Instagram, para provar que tratamento paliativo não é sobre morrer: é sobre viver. É sobre ir à luta e viver apesar da doença. Inundar-se de gratidão a cada momento. Ressignificar a existência. Pois, para quem gosta de viver, nunca será tempo suficiente.


Olá pessoal, até hoje eu não entendo o que me levou a escolher este livro para pedir na parceria, confesso que o título e a sinopse me chamaram muito a atenção, mas ao começar a lê-lo e desde o início começar a chorar, me questionei, o que deu em mim querer ler um livro tão fora da minha zona de conforto literária?? Respondo que ainda não sei, mas foi o melhor escolha que fiz.
“Esta história não é sobre câncer, nem sobre um lista de desejos, muito menos sobre um perfil do Instagram. É sobre viver, sobre sobrevivência, sobre dançar com o tempo. É sobre amizade, sobre  não ter medo de sentir, sobre querer o milagre da boa morte e sobre querer chegar ao final com a certeza de que foi uma experiência extraordinária.”
Eu estou com uma saúde muito boa, faço acompanhamento médico periódico, e busco viver a vida sendo feliz, não conquistei tudo o que sonhei, mas já conquistei muitas coisas que não imaginava e por isso sou muito grata a Deus, eu sou uma pessoa que tem fé. Apesar disso, vivi e convivo com o câncer de muito perto, perdi uma das pessoas que mais amava, a minha vó num período de 4 meses do início de sua descoberta, mas não foi o câncer que me abalou, foi o descaso médico em investigar os sintomas que ela vinha sentido até que não havia mais nada a ser feito. Mas Deus foi maravilhoso, ela só foi sentir dor realmente na véspera de seu falecimento e morreu no dia que teve que ir para o hospital. Deus realizou o seu desejo, viveu até o último momento em casa ao lado da família.

Os relatos da autora sobre a conduta médica foi um dos pontos que mais me chamaram a atenção. A cura ainda não existe, mas a compaixão independente se a pessoa vai conseguir a cura ou não deve ser dada, o respeito ao paciente, afinal, ele pode estar morrendo, mas só Deus sabe quando isso realmente irá acontecer. Tenho uma amiga que está em tratamento paliativo a muitos anos e sua maior alegria é que ela provou aos médicos que quem determinará o dia de sua morte será Deus e não eles, lhe deram seis meses de vida e ela já vai pra mais de 10 anos vivendo e realizando os seus sonhos.
“É nessa de viver nosso último dia todo dia, percebemos o quanto tudo tem um sabor especial. Acreditem, entender que a vida acaba é a ferramenta de empoderamento e autoconhecimento mais incrível de todas (e ninguém precisa de câncer pra isso). Não há tempo a perder. Não há sentimento a ser desperdiçado. Viver é prioridade.”
A autora, Ana Michele, ou AnaMi como gosta de ser chamada, escreveu este livro cumprindo um desejo de sua amiga-irmã que juntamente com ela criou o blog PaliAtivas. É um relato da sua vida, mas principalmente da grande amizade que surgiu após as duas terem descoberto que o câncer havia retornado que o tratamento seria paliativo, ou seja, em algum momento elas estariam morrendo. Mas a forma que elas escolheram viver enquanto a morte não chega é que o faz toda a diferença e é justamente isto que este livro nos ensina, a viver da melhor forma e não sobreviver nos matando, mesmo quando não temos nada.

É um livro pra te emocionar e te ensinar a viver positivamente, mesmo quando você se abate. Os relatos dos acontecimentos na vida das duas é especial. Eu particularmente amei saber que ela aprendeu o que é ter amor próprio, a reconhecer o amor recebido da família, mesmo quando não era da forma desejada e a valorizar este amor, chorei com a carta escrita para a mãe, bem como em vários outros momentos. Confesso ter lido uma parte, ter dado um tempo e depois ter retornado a leitura de tanto que mexeu comigo. Mas que narrativa maravilhosa, a leitura fluiu super bem e se não fosse o fato de querer ficar sem chorar um pouco em dois dias eu teria lido o livro todo.

Hoje eu acompanho a AnaMi no insta e continuo a me emocionar com suas postagens, é de uma grandeza e força surpreendente colocar a sua vida e seu coração no papel como você fez. Saiba que você e a Renata ficaram eternizadas através das palavras deste livro. Obrigada por compartilhar conosco suas tristezas e alegrias, suas derrotas e conquistas e por nos inspirar a sempre buscar viver enquanto estamos respirando.

Super indico esta leitura e não se preocupe com o choro, pois chorar faz bem quando é por bons motivos e este livro é maravilhoso. Ele está com uma capa linda, uma diagramação maravilhosa, como disse a narrativa está super gostosa e o conteúdo é uma história real espetacular com um coração sem sombra de dúvida.

A vontade que tive foi de destacar o livro quase todo, mas encerro com o seguinte destaque:
“Quem é você quando ninguém está olhando? Lide com isso. Busque ser o que diz ser quando a luz está acessa.”

Carol Finco do Blog Pretenses

[Resenha] Apenas um Olhar de Harlan Coben









Apenas um Olhar
Autor:
Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Classificação: 


Sinopse: 

Uma foto pode contar muitas mentiras...
Ao buscar um filme que mandou revelar, Grace encontra, no meio das fotos, uma que não pertence ao rolo. É uma imagem de cinco pessoas, tirada no mínimo vinte anos atrás. Quatro delas não lhe são familiares, mas a quinta é muito parecida com seu marido, Jack. Ao ver a foto, Jack nega ser ele. Só que, mais tarde, ele foge sem nenhuma explicação, levando a fotografia.Sem saber por que ele se foi, Grace luta para proteger os filhos da ausência do pai. Cada dia que passa traz mais dúvidas sobre si mesma, sobre seu casamento e sobre Jack, assim como a compreensão de que há outras pessoas procurando por ele e pela fotografia – inclusive um violento e silencioso assassino. Quando entende que não pode contar com a polícia, e que seus vizinhos e amigos têm os próprios objetivos secretos, Grace precisa enfrentar as partes sombrias de seu passado para descobrir a verdade que pode trazer seu marido de volta.


Queridos leitores, vocês já sabem que eu sou fã dos livros do  estre do suspense policial Harlan Coben e, mesmo assim, ainda me surpreendo como ele consegue entrelaçar a história de vários personagens que, a princípio, não tem nada a ver. Apenas um Olhar começa contando a história de Scott Duncan, um Procurador Federal Adjunto que se especializou em ações penais contra políticos corruptos. Ele se surpreende quando um matador de aluguel diz que quer conversar com ele e confessa ter matado sua irmã, Geri, que todos acreditavam ter morrido em um incêndio acidental.
Existem rupturas súbitas. Rasgos na vida, profundos ferimentos a faca que retalham a carne. 
A existência é de uma forma e, depois de estraçalhada, vira outra coisa. Desmorona como vísceras por um corte no abdômen. 
Grace Lawson é outra personagem dessa teia. Ela foi revelar as fotos da última viagem que fez com o marido e os filhos.

Sentia sempre uma euforia diante de fotos recém-reveladas, uma expectativa do tipo é-hora-de-abrir-os-presentes, um frenesi como o de apanhar a correspondência mesmo sabendo que são só contas, algo que a fotografia digital, apesar de todas as conveniências, não conseguia superar.
Entre as fotos reveladas, há uma foto antiga de uns 10 a 20 anos que não pertence ao filme da viagem. Na foto, há cinco pessoas. Grace não reconhece quatro delas, mas a quinta pessoa é seu marido, Jack. Ao ver a foto, Jack nega ser ele, mas pega a foto escondido e foge sem dar nenhuma explicação. Grace começa a ficar preocupada com o sumiço de Jack e chama a polícia.

A terceira personagem é Charlaine Swain. Seu casamento com Mike está esfriando após os dois filhos. Ela é vizinha de Fred Sykes, para quem gosta de se exibir pela janela. Só que ela começa a achar que tem algo de estranho acontecendo na casa do vizinho.

A história central é a de Grace e sua busca para descobrir o que aconteceu com o seu marido desaparecido. Tudo parece estar ligado com a foto antiga, mas quem são aquelas pessoas e como a foto foi parar junto com as suas? Agora, Grace precisa enfrentar o seu doloroso passado para salvar sua família de um violento assassino.

Ao ler Apenas um Olhar, fiz algo inédito. Estava tão ansioso para saber o que estava acontecendo com Jack que fui pulando alguns capítulos e pegando pistas, até que cheguei ao final. Depois, mais calmo, pude continuar a leitura e apreciar a trama criada pelo autor.

A história foi publicada originalmente em 2004. Há 15 anos atrás. Isso explica Harlan Coben ainda falar sobre revelação de fotos e aluguel de DVDs. Os direitos desse livro estavam com outra editora brasileira e só agora a Arqueiro pode lançar o título para completar a coleção do autor. A edição é primorosa, como sempre, e a capa é uma das mais bonitas dentre as capas da nova identidade visual criada pelo artista Elmo Rosa para o relançamento dos livros do autor.

Harlan Coben sempre discute temas relevantes em suas histórias. Em Apenas um Olhar, ele levanta a questão se devemos confiar ou não nas amizades que fazemos pela internet. Às vezes não podemos nem confiar nas pessoas que conhecemos. Ele também debate sobre o relacionamento dentro de um casamento e a importância do perdão para seguir em frente em situações de trauma.

Um livro angustiante e envolvente que comprova o talento de Harlan “Noites em Claro” Coben. A trama inteligente vai te prender a cada página para te surpreender no final.

Resenhado por André do Blog Garotos Perdidos