Páginas

[Resenha] Gui e o Anjo dos Sonhos de Lucinda Riley , Harry Whittaker

 







Gui e o Anjo dos Sonhos
Autor:
 Lucinda Riley , Harry Whittaker
Editora: Arqueiro
Páginas: 64
Gênero: Infantil
Classificação:


Sinopse
Uma história reconfortante sobre como o desconhecido pode acabar se tornando a descoberta mais mágica de todas, escrita pela renomada autora Lucinda Riley e seu filho Harry Whittaker.
Em algum lugar um anjo está escutando...
Gui e sua família acabaram de se mudar. Na nova casa, ele começa a ouvir ruídos que não sabe de onde vêm e a ter pesadelos por causa disso.
Para a sorte de Gui, tem alguém lá em cima olhando por ele....
EDIÇÃO EM CAPA DURA

[Resenha] Graça e o Anjo de Natal de Lucinda Riley , Harry Whittaker


 





Graça e o Anjo de Natal
Autor:
 Lucinda Riley , Harry Whittaker
Editora: Arqueiro
Páginas: 64
Gênero: Infantil
Classificação:


Sinopse:
Uma história repleta da magia do Natal, perfeita para aquecer seu coração, escrita pela renomada autora Lucinda Riley e seu filho Harry Whittaker.
Livro-presente em capa dura.
Em algum lugar um anjo está escutando...
É véspera de Natal. Os presentes já estão embrulhados ao pé da árvore enfeitada. Mas o pai de Graça é pescador e não está conseguindo voltar para casa por causa de uma grande tempestade em alto-mar.
Para a sorte de Graça, tem alguém lá em cima olhando por eles...

[Resenha] Uma Noite na Itália de Lucy Diamond

 






Uma Noite na Itália
Autor:
Lucy Diamond
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Gênero: Chick-lit , Ficção
Classificação:


Sinopse
Anna nunca conheceu o pai. Quando descobre por acaso que ele é italiano, ela mergulha nesse novo universo, preparando focaccias e tiramisùs, se inscrevendo em um curso de idiomas e até mesmo cogitando desenterrar seu passaporte para ir encontrar o pai.    Catherine não sabe o que o futuro lhe reserva agora que os filhos foram para a universidade e o marido a abandonou. De repente, ela percebe que precisa reencontrar sua identidade. Aproveitando o tempo livre para aprender italiano, Catherine faz novos amigos, que serão o seu suporte quando descobrir que as mentiras do marido vão muito além da infidelidade.    Sophie é a professora de Anna e Catherine, mas queria mesmo era voltar para a ensolarada cidade italiana de Sorrento. Ela só está esperando que o pai se recupere de um ataque cardíaco para, assim, fugir das tensões familiares. Mas às vezes a vida e o amor podem surpreender...
A cada nova aula, as amizades se fortalecem e alguns segredos são revelados. Trazendo relacionamentos amorosos inesperados e decisões difíceis, este será um ano inesquecível para Anna, Catherine e Sophie.

[Resenha] Onde Nascem os Sonhos de Lisa Kleypas

 







Onde Nascem os Sonhos
Autor :
 Lisa Kleypas
Paginas : 336
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance de Época
Classificação :



Sinopse:
Zachary Bronson construiu um império de riqueza e poder. Agora ele está procurando uma esposa para ajudá-lo a garantir sua posição na alta sociedade e aquecer sua cama.
Lady Holly Taylor está destinada a passar a vida obedecendo às regras da alta sociedade, mesmo quando elas vão contra suas convicções. Após três anos de luto por seu amado marido, ela entende que não vai superar a perda e que jamais encontrará outro homem à altura dele para ser seu companheiro.    Em uma noite mágica, Zachary e Holly se encontram e, sem saber a identidade um do outro, não resistem à faísca que se acende entre eles. Ao tomá-la nos braços, Zachary fica deliciado em ver que o desejo dela é tão ardente quanto o seu. E Holly fica chocada ao sentir o próprio coração voltar a bater forte com o beijo daquele estranho.
Zachary faz a Holly uma oferta chocante e, ao mesmo tempo, irrecusável. Agora ela precisa decidir se vai continuar sendo a viúva exemplar de sempre ou se libertar das convenções e arriscar tudo por essa paixão.


Olá pessoa, e olha eu aqui falando outra vez de romance de época, e mais uma vez da Lisa Keyplas!! Já perceberam a zona de conforto, não é?? Sim!! Sempre que preciso de uma leitura mais leve e com muito amor e conteúdo me refugio nos romances de época e agora vou contar um pouco sobre essa leitura.

Dessa vez me senti lendo uma releitura, muito boa por sinal for esse o caso, de A bela e a fera. Zachary Bronson construiu um império de riqueza e poder. Agora ele está procurando uma esposa para ajudá-lo a garantir sua posição na alta sociedade e aquecer sua cama. Já viu que, sutileza não temos. Risos. Zach (para as intimas), é um representante dos comuns que ousou ser rico através do trabalho. Algo que a não mais proeminente realiza inglesa aceita mais tolera. E estamos vivendo aqui o período da industrialização.
“Agora, aqueles aristocratas mimados podiam se dar ao luxo de olhar com desprezo para um homem que provavelmente se parecia mais com seus venerados ancestrais do que eles próprios.”
Porém tudo que Zach não consegue comprar é o berço de ouro, mas está disposto a fazer tudo para conseguir que ao menos sua irmã, tenha o refinamento necessário para um bom casamento e para isso Zachary faz a Holly uma oferta chocante e, ao mesmo tempo, irrecusável. Ela uma viúva que cumpriu o ritual de luto obrigatório e agora vive em honra da lembrança de seu falecido marido, se vê em uma situação limite.

A questão do luto é tratada historicamente pela autora e pode soar cansativo para a mulher moderna. Afinal o ponto de referência da vida da mulher é o marido, porque ele representa seu status social, sua segurança econômica, sua posição na sociedade e também o seu presente e futuro. Holly tem tudo isso tirado e é deixada com os irmãos do esposo e uma filha pequena nos braços. Além da tristeza pela morte do marido assume de forma pouco natural, mas esperada pela sociedade o papel de manter a memória do marido viva. Isso fica cansativo na história, fica. Mas imagino que viver exatamente assim era muito pior. Caso queira entender melhor isso, pesquise a vida da rainha Vitória, sim a que da o nome a “Era Vitoriana” em que se passa essa história e você vai assim como eu encontrar uma inspiração para nossa Holly.
“Com frequência, cumprir o próprio dever terminava por causar dor e infelicidade, mas, em última análise, a pessoa era consolada pela certeza de que havia vivido com integridade.”
Holly foi moldada e lapidada para a sociedade e diante a possibilidade de dar um futuro muito mais prospero a sua filha decide usar seus privilégios de viúva e arriscar ser governanta, mesmo ao preço de ter sua reputação arruinada pelo que a sociedade considera uma indignidade por parte da filha de um nobre em trabalhar como governanta tutoreando a irmã de Zach e ainda mais por conseguir viver com ele na casa de sua família.

Nessa história você encontra a narrativa fluida da Lisa que mesmo nos pontos que as amarras das etiquetas deixam a mocinha em um estado tedioso entre fugir ou ficar em várias atitudes, o contexto histórico correto e um romance que vai crescendo de vagar até entrar em um ponto de fervura avassalador para ambos. E mesmo com uma experiencia muito convencional nas artes do amor com o marido ela se liberta nos braços de Zach, então espere cenas bem quentes. (Gente em romance de época dizer que eles vão ficar juntos não é spoiler então, tudo certo).
“Cada sonho, esperança e ambição de sua vida combinados eram apenas uma pequena chama em comparação com as labaredas de emoção que ardiam em seu âmago.”
Lisa nesse livro destaca de forma incrível os personagens secundários tanto que eu amaria um segundo livro trazendo um pouco mais dos destinos deles, no final achei que a autora pesou a mão aonde não precisava e poderia ter gastado mais tempo com as histórias deles. A dignidade da mãe de Zach deixa qualquer pessoa sem palavras e a questão de merecimento é muito bem trabalhada. A filha de Holly rouba as cenas e posso dizer que me encantei.

As pontas soltas ou com um final não tão bem detalhados roubaram um pouco do brilho, mas não chegam nem de perto estragar a história. Eu acredito que para quem já é fã da escrita da Lisa vai amar ler e conhecer esses personagens. Quanto as críticas sobre o tempo do luto, cada um tem o seu próprio tempo, não existe uma medida para isso e precisamos ter uma boa dose de empatia para com a personagens e as pessoas da vida real. Foi uma leitura muito divertida e ótimo para evitar uma ressaca literária.

[Resenha] O Mais Cruel dos Meses de Louise Penny

 












O Mais Cruel dos Meses
Autor: Louise Penny
Editora:  Arqueiro
Páginas: 400
Gênero: Policial, Ficção
Classificação:

Sinopse:
Em plena Páscoa, os moradores de Three Pines esperam a noite cair para evocar os mortos. Eles só não podiam imaginar que iriam testemunhar uma morte.
É primavera no vilarejo de Three Pines, no Quebec. Em meio às flores desabrochando e aos ovos de chocolate, alguns moradores decidem aproveitar a presença de uma médium para realizar uma sessão espírita no casarão abandonado da colina.
A ideia é livrar a cidade do mal que se apoderou dela – mas a tensão do momento faz com que um deles não saia vivo dali. Em pouco tempo, um questionamento ganha força: é possível alguém morrer de susto ou terá sido um assassinato?
O inspetor-chefe Armand Gamache é então chamado para investigar. Neste terceiro caso da série, ele será obrigado a enfrentar problemas dentro da própria polícia, além dos fantasmas que assombram essa vila, onde as relações são muito mais perigosas do que parecem. Afinal, os moradores logo entendem que o mal não está em uma casa assombrada, e sim guiando as ações de um deles.

Olá pessoal, tudo bem? Chegamos ao terceiro livro com o Inspetor Gamache e esse em especial encerra de certa maneira o arco iniciado no primeiro. Por isso, eu já digo que em minha opinião ler ao menos a primeira história, natureza-morta principalmente pelos fatos mais marcantes ligados ao casarão, agora abandonado na colina.
“Deixa de ser covarde, disse ele a si mesmo. É só uma casa idiota. O que pode acontecer? Mas Peter Morrow sabia que esse tipo de pensamento normalmente precedia uma tragédia.”
Dos três livros, esse é o mais diferente deles, inclusive a narrativa. Mesmo em uma época festiva em meio às flores desabrochando e aos ovos de chocolate, o tom da narrativa parece carregada de algo que vamos acompanhando se avolumar e aumentar até a chegada da médium e claro da morte suspeita que levará Gamache de volta a Three Pines. Mas desta vez os fantasmas do passado e do presente resolvem que irão acertar as contas com o investigador.

Achei muito interessante o fato de a investigação do mistério correr em paralelo com o drama enfrentado pelo investigador dentro da própria corporação e vemos o quanto isso é um teste que vai levar a mais de uma pessoa ao seu limite.

Desde o primeiro livro eu adorei o fato de a autora pegar algo quase banal e que realmente poderia acontecer em um vilarejo esquecido no mapa e tornar em algo que você acredita que realmente poderia acontecer. Afinal, num local assim sem grandes acontecimentos e uma pessoa que afirma poder invocar o sobrenatural realmente despertaria nas pessoas uma curiosidade e certa comoção ao organizar tal evento.
“Você não perdia só um ente querido. Você perdia o seu coração, as suas lembranças, a sua risada, a sua cabeça e até os seus ossos. Em algum momento, eles voltavam, mas diferentes.”
Meu ritmo de leitura foi como nos outros bem fluido porem não tão desesperado como nos anteriores, afinal não sou das mais afoitas em histórias que envolvem o mundo espiritual, mas ainda sim a necessidade de descobrir o que estava acontecendo com o investigador me mantinha mais presa a leitura do que o mistério que envia a pessoa morta. Eu achei muito instigante a forma que a autora lidou com as duas tramas porque além de manter a história em constante movimento a expectativa por respostas e na descoberta de respostas são realmente instigantes.

Reencontrar os personagens que agora se tornaram familiares e os laços estreitos da comunidade dão a leitura um certo conforto e ao mesmo tempo uma necessidade de saber os segredos que se esconde por trás de sorrisos tão acolhedores e vizinhos solícitos em um lugar que não pode mais chamar de calmo e tranquilo depois de três crimes em intervalos não tão distantes. Confesso que esse fator também me fez gostar mais de uns personagens e menos de outros mais ainda sim entender o fascínio que todos eles têm quando reunidos, com uma investigação em andamento.
“Ele reunia sentimentos. Coletava emoções. Porque assassinatos eram profundamente humanos. Não tinham a ver com o que as pessoas faziam. Não. Tinham a ver com o que as pessoas sentiam, porque era assim que tudo começava. Um sentimento humano e natural era distorcido. E se tornava grotesco. Ele se transformava em algo ácido e corrosivo, que destruía até o próprio recipiente. Deixando poucos vestígios do humano.”
Diferente dos anteriores não posso contar muito as minhas impressões porque são tantos pontos que poderiam dar spoilers, que não me arriscaria estragar sua experiência de leitura. Eu realmente gostei muito desse livro, principalmente como a autora aborda a questão espiritual e a ligação com nossas emoções, como alguém “morrer de susto” ou o que uma semente de maldade pode gerar num coração. O que nossas ações mostram podem se revelar uma mentira, porque camuflam verdades escondidas da própria pessoa que as realiza e que nada é mais poderoso que os fantasmas podem ser o passado que volta para enfim fazer um derradeiro acerto de contas. Boa leitura!

Eu amei a edição mantendo a estética das anteriores da coleção, página amarela, diagramação perfeita para leitura com tamanho e espaçamento de fonte super confortáveis, eu gostei da tradução e achei a revisão foi bem-feita.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] Graça Fatal de Louise Penny

 







Graça Fatal
Autor :  Louise Penny
Paginas : 352
Editora : Editora Sextante
 Gênero : Romance Policial, Ficção                           Classificação :


Sinopse:
Sejam bem-vindos a Three Pines, um vilarejo pitoresco do Quebec, onde os moradores fazem os últimos arranjos para o Natal... e alguém se prepara para matar.
Ninguém gostava de CC de Poitiers: nem o marido patético, nem a filha apática e muito menos os moradores de Three Pines. Ela conseguiu se indispor com todos à sua volta até o dia em que foi morta.    O inspetor-chefe Armand Gamache, uma lenda na polícia do Quebec, é chamado de volta ao vilarejo para investigar esse novo homicídio.
Ele logo percebe que está lidando com um crime quase impossível: CC foi eletrocutada no meio de um lago congelado, na frente de toda a cidade, durante um torneio esportivo local. E ninguém parece ter visto algo que ajude a esclarecer o caso.
Quem teria sido insano o suficiente para tentar algo tão arriscado e macabro – e brilhante o suficiente para conseguir executar o plano?
Com seu estilo compassivo e observador, Gamache escava sob a superfície idílica da comunidade para descobrir segredos perigosos há muito enterrados, enquanto fantasmas do próprio passado ameaçam voltar para assombrá-lo.


“Então percebi que estava na companhia de pessoas que amavam não só livros, mas as palavras. Faladas ou escritas, o poder das palavras.”
Olá pessoas, como falei na resenha do livro anterior, eu precisava ler essa história urgente, depois de ter lido a amostra. E vou ser sincera, mais uma vez uma delícia de história, de leitura e agora vou contar um pouco sobre ela.

Temos mais de um ponto de vista e o começo vai nos apresentando os principais personagens dessa história. A cidade onde se passará o crime será Three Pines então, sim estaremos no mesmo cenário da história anterior e não você não precisa ter lido a história para entender essa. Porém, quem leu vai entender as referências, melhor as histórias a quem os personagens se referem e claro, conhecer um pouco mais de outros personagens além de Gamache que vão ganhando destaque durante o desenrolar da série.

Você pode nesse momento estar pensando em Sherlock ou mesmo Poirot, mas toda a escrita do detetive de Penne é diferente do de Conan Doyle e Christie. Aqui o foco não é o crime e nem o criminoso, por incrível que pareça o grande destaque é o conteúdo humano. Claro que ele assim como os famosos investigadores citados Gamache tem seus defeitos ele escava sob a superfície da comunidade para descobrir segredos perigosos há muito enterrados, e para ressaltar ainda mais sua singularidade ele é casado e está no sistema policial por isso ele precisa trabalhar e lidar com os fantasmas do próprio passado ameaçam voltar para assombrá-lo.
“Assassinos eram humanos, e na raiz de cada assassinato havia uma emoção. Deformada, sem dúvida. Distorcida e feia. Mas uma emoção. E tão poderosa que, às vezes, uma pessoa a mandar alguém para o outro mundo.”
Diferente da história anterior a pessoa que morre não era uma antiga cidadã e nem mesmo era querida e amada como a vítima anterior era pelos moradores de Three Pines. Ninguém gostava de CC de Poitiers, sério nem o marido patético, nem a filha apática ela conseguiu se indispor com todos à sua volta até o dia em que foi morta. E aqui começam as referências a Frankenstein e confesso que levei um tempo até entender a referência moral por trás da história da criatura que encontrou em seu criador o seu algoz, num ciclo impiedoso de dor e violência.

Mais uma vez a escrita é fluida e deliciosa, o caso parece simples até você perceber que estava completamente equivocado e que cada curva revela um novo possível suspeito mesmo que não seja o mais provável. O clima não poderia ser mais destoante para um crime dessa natureza, CC foi eletrocutada no meio de um lago congelado, na frente de toda a cidade, durante uma celebração esportiva local e ninguém parece ter visto algo que ajude a esclarecer o caso. Claro que ninguém espera que algo assim aconteça em especial durante os últimos arranjos e a comemoração das festas Natalinas.
“Estava certo de que agora o inspetor-chefe Gamache confiava nele. E isso era o essencial. Muita coisa dependia de ganhar a confiança de Gamache.”
Falando em passado, não é apenas o do investigar que parece ter voltado, toda a cidade parece se encontrar com os 3 fantasmas dos natais e muitos dos moradores parecem ter contas a ajustar. Tudo isso em meio ao francês de Quebec e o Inglês britânico e a típica conversa de interior que é cheia de referências a histórias locais que só sendo muito habilidoso para não se levar pelo julgamento das aparências para não cometer um erro brutal de interpretação e julgamento.

O reencontro com os personagens do livro anterior que moram em Three Pines não poderia ser mais delicioso (tirando quem cometeu o crime) e também a construção do título da história não poderia ser mais significativa eu simplesmente amei descobrir o porquê do título. Alguns deles continuam sendo difíceis de gostar e outros começam a mostrar que sim, a história tem histórias correndo em paralelo com a investigação que fica em primeiro plano. Mais uma vez não temos um romance, mas o amor entre casais da história vai acontecendo exatamente como na vida fora da ficção e confesso amar cada migalha que a autora entrega sobre eles.
“As lembranças podem matar, Yvette. Às vezes, o passado nos alcança, nos agarra e nos leva para lugares aonde não deveríamos ir.”
Adorei saber mais sobre as tradições de natal canadenses, o esporte da vassourinha e como a autora abordou várias questões importantes e que deixam marcas na criança e moldam o adulto que ela virá a tornar-se. Como o passado é um fator importante para o presente, mas que esse não pode determinar o futuro, ele precisa ser resolvido e deixado para trás ou se tornar um fardo insustentável para se carregar por toda a vida.

Eu amei a edição porque veio com um mapa de duas páginas da cidade, com pontos de localização e referência, página amarela, diagramação perfeita pra leitura com tamanho e espaçamento de fonte super confortáveis, eu gostei da tradução e achei a revisão foi bem-feita.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] A Srta. Buttervorth e o Barão Louco de Julia Quinn

 












A Srta. Buttervorth e o Barão Louco
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 160
Gênero: Romance de época
Classificação:



Sinopse:
Um romance ilustrado irresistível e bem-humorado baseado no livro preferido dos Bridgertons.
A extravagante aventura A Srta. Butterworth e o barão louco já apareceu em várias obras de Julia Quinn e encantou alguns de seus personagens mais amados. Agora você também vai poder ler essa deliciosa história de amor e perigo.
Depois que quase toda sua família é tragicamente dizimada pela peste, Priscilla Butterworth só pode contar com a mãe e a avó. Mas uma série de infortúnios acaba separando-a também das duas.    Mandada para viver com uma tia malvada, a jovem é forçada a trabalhar sem parar, até que não consegue mais suportar e foge, iniciando uma jornada cheia de reviravoltas. Agora Priscilla terá que usar toda a sua inteligência para sobreviver a diversas enrascadas, sem imaginar que uma delas colocará em seu caminho o amor de sua vida, o barão “louco”.
Ilustrada por Violet Charles e contada na voz inconfundível de Julia Quinn, esta animada comédia ambientada no século XIX certamente vai conquistar os leitores de hoje.


Para quem já leu as histórias da Julia Quinn é quase impossível não ter lido sobre essa história em algum momento. E claro que eu amei a chance de conhecer melhor essa história e claro matar a curiosidade sobre essa história. Então vamos a ela.

Vamos acompanhar as aventuras e desventuras de Priscilla Butterworth, porém teremos momentos impagáveis na visão de outros personagens e intromissões imperdíveis. E não se preocupe, por ser uma história em quadrinhos fica muito tranquilo acompanhar as falas e o desenrolar da trama. E já aviso que não precisa ler nenhum livro antes desse, dá pra acompanhar a história perfeitamente, só claro não existe o mesmo impacto para quem já conhecia de ouvir falar.

Que não é apenas original e criativa é ainda por cima historicamente correta. Na época em que se passa, o que era moda de escrita era o romance de sentimento e o de estilo gótico. Então achei incrível que dentro da história dos Bridgertons a leitura era exatamente condizente com a da época em que os se passa a história da família mais amada dos romances de época.

Depois que quase toda sua família é tragicamente dizimada pela peste, Priscilla só pode contar com a mãe e a avó. Mas uma série de infortúnios acaba separando-a também das duas. Mandada para viver com uma tia malvada, a jovem é forçada a trabalhar sem parar, até que não consegue mais suportar e foge, iniciando uma jornada cheia de reviravoltas. Agora Priscilla terá que usar toda a sua inteligência para sobreviver a diversas enrascadas, sem imaginar que uma delas colocará em seu caminho o amor de sua vida, o barão “louco”. E aqui você já sabe que é quase impossível não se apaixonar por esses personagens e torcer para o tão sonhado final feliz.
“Só espero que estivesse à altura dele. Ele precisa de alguém que o desafie, mas que também o faça rir. Como seria a moça perfeita?"
Um pouquinho de história para explicar melhor: romances sentimentais contavam com respostas emocionais, tanto de seus leitores quanto de seus personagens. Eles apresentam cenas de angústia e ternura, e o enredo é organizado para promover emoções e ações. Outra coisa é que naquela época os autores eram meio “assassinos” com os personagens então havia muita morte e órfãos nas histórias (comuns a realidade da época, que tinha uma alta taxa de mortalidade). O livro contém também muitos elementos góticos padrão (mansões antigas, uma abadia assombrada) que remetem a "cinderela" e são comuns terem um pouco desse estilo sentimental misturado.

Toda essa explicação pra dizer que os exageros e situações pouco críveis seriam sim aceitos e até bem elogiados a época porque contam com uma “explicação” para esses acontecimentos, precisa dizer que acredita? Não precisa, porque contava mais a “lição de moral” e os sentimentos envolvidos, não à toa a reação da Lady Danbury enquanto a Hyacinth lia para ela. Falando nisso, essa cena também é perfeita porque era costume um integrante da família ler para os outros e somente após a leitura cada integrante teria a chance de fazer uma leitura individual da história.

Claro que não imagino que existiam história em quadrinhos, mesmo sabendo que as charges e tiradas cômicas eram sim publicadas em periódicos, porém para nós deu um toque ainda mais incrível pra leitura, porque além de eu ter amado as ilustrações, jogo de cores e as surpresas, de uma sensação de não estar lendo e sim assistindo a história. Sem falar, claro que existem algumas referências aos Bridgertons na aparição de um inseto muito importante para o livro dois. Sem mentira, eu achei a história até muito crível e não tão impossível como a Hyacinth alegava.
“Então, abelhas, eu também não queria estar aqui, mas estamos todas à mercê da minha tia.”
Eu acabei me emocionando muito mais que a querida Lady, porém por outros motivos. Imagino que assim como eu você soube da tragédia que houve na vida da Julia Quinn, porém até a leitura desse livro eu não tinha de fato me dado conta do tamanho e das repercussões dela. E assim, a história dentro da história me deixou ainda mais encantada com todo esse trabalho e o quanto ele é especial e significativo. Eu só posso dizer que me admiro e respeito alguém que tem tanta força para continuar e honrar o legado dos seus, após tanta dor.

O trabalho editorial dessa edição é primoroso, com páginas em papel couché matte, ilustrações e texto e fonte que além de mostrar a entonação da fala, ainda conseguem passar o sentimento com que cada dialogo é feito. Cores que são condizentes com as existentes no período da história, e algumas ilustrações comuns a mangás para expressar um estado emocional diferenciado, achei simplesmente maravilhoso. A parte dos agradecimentos, sobre os autores e In Memoriam são uma riqueza para os fãs de Julia Quinn e o humor que faz suportar a dor arranca sorrisos mesmo em meio as lágrimas.

Termino dizendo que pra mim, se você leu mais de duas histórias da Julia Quinn precisa ler essa história e assim como eu se apaixonar por esse universo mais uma vez.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] A jornada da heroína (A busca da mulher para se reconectar com o feminino) de Maureen Murdock







A Jornada da Heroína
Autor :
 Maureen Murdock
Paginas : 224
Editora : Sextante
Gênero : R Auto-ajuda, Não Ficção
Classificação :



Sinopse
Tomando como base mitos, contos de fadas, símbolos ancestrais, antigas deusas e sonhos de suas pacientes, Maureen Murdock nos conduz a uma reconexão com natureza feminina e à cura das feridas deixadas pela necessidade de adequação aos valores masculinos.
Prefácio de Sandra Trabucco Valenzuela
Maureen Murdock descreve neste livro a busca mítica da mulher contemporânea por preservar os valores femininos e se realizar pessoal e profissionalmente numa sociedade construída por e para os homens.    Baseada na psicologia Junguiana e dialogando com a jornada do herói de Joseph Campbell, Maureen oferece um percurso cultural e espiritual mais necessário do que nunca num mundo cada vez mais ávido pelo feminino e suas especificidades.    Publicado em diversos países, este livro se tornou um clássico e uma referência para roteiristas e romancistas de todo mundo como um modelo da jornada feminina.


Olá pessoas, tudo bem? Confesso que esse livro foi num caminho muito diferente do que eu imaginei. E me surpreendi porque ele pode ser lido de várias formas a depender de quem está lendo. Mas creio que qualquer que seja a forma de leitura vai ser interessante e informativa.

Mauren Murdock, conta em primeira pessoa suas próprias experiências em sua jornada que apesar de incorporar aspectos da jornada do herói, tem um foco diferente. No percurso feminino existe uma busca por curar a ruptura interior entre a mulher e a natureza feminina. E ao final, uma reconexão em equilíbrio e harmonia. Para isso se vale de mitos, contos de fadas, antigos símbolos e deusas, relacionando-os aos sonhos relatados por mulheres, inclusive ela mesma.

 A visão dos contos de fadas é muito especial por destacar o papel feminino deles em dois momentos, tanto quando o da mãe, madrasta e geralmente da menina-mulher que irá enfrentar os desafios em busca do final onde terá a dadivado sucesso ou da reconciliação. Essa ressignificação do papel das mulheres nesses contos além de interessante, mostram uma analise sobre o papel vilanesco das mulheres e heroico por parte das figuras masculinas. Eu confesso, que nenhuma história me arrebatou tanto quando: “Uma Mulher Sábia e um Homem com Coração” em especial por ir ao encontro de um de meus anseios enquanto mulher. E pela lembrança de um dos motivos pelos quais eu amo Orgulho e Preconceito. Afinal Lizzie Bennet por duas vezes teve a chance de fazer o que era esperado, mas optou por escolher fazer o melhor para ela, se colocando em primeiro lugar e não como ovelha em sacrifício por sua família. E durante todo esse livro temos o questionamento e as múltiplas respostas a ela foi egoísta ou usou seu direito enquanto feliz de não ser infeliz?
“Inspire, você a sente; expire, você a libera. Inspire, uma lágrima escorre por sua face; expire, você sentirá gratidão por seu calor. Inspire e sorria. Seja gentil consigo mesma, avance pouco a pouco”.
Como disse no inicio dessa resenha, eu imaginei que seria um arquétipo para escrita de personagens femininas e mulheres em livros de ficção, porém definitivamente é muito mais e ainda é esse arquétipo. Afinal uma das explicações de Maurren é que não existe a jornada da heroína. Por não haver um padrão que se aplique a todas as mulheres. Porém ela propõe dez passos em uma jornada circular – num ciclo continuo de desenvolvimento, crescimento e aprendizado - em sentido horário, na busca de realizar a missão da mulher de acolher por completo a natureza feminina, aprendo a valorizar-se enquanto mulher e curar as feridas de seu feminino em uma cultura masculina.
“A missão da heroína é iluminar o mundo amando-o começando por amar a si própria”.
A ideia foi inovadora enquanto sua proposta em 1990 e continua atual nos dias de hoje, confesso que a simples provocação do pensamento já é de suma importância, porque gera o pensamento crítico, analítico e mesmo em discordância ou concordância o processo de mudança se dá. E é importante que aconteça. Nesse ponto, preciso confessar que a questão religiosa foi a que mais me incomodou, não pela divergência com minha crença, mas por parecer mais uma panfletagem beirando a pregação, do que propriamente um convite a reflexão. Digo isso porque achei além de repetitiva em vários momentos, um debate raso e alguns trechos até insuficiente do que foi levantado.

Já nos momentos em que a narrativa se valia da experiência acadêmica e profissional foi de um brilhantismo delicioso. Em especial nos pontos em que me identifiquei (Como mãe e filha) ou quando pude observar pontos de mim mesma enquanto figura social. E aqui cabe dizer que o ponto de partida para leitura é existir. Todos os aspectos da vida de uma mulher são abordados, desde o nascimento a sua morte, e o que nos molda enquanto agentes externos de nosso crescimento e maturidade na primeira fase da vida e como virá a refletir em nossa colocação no mundo enquanto pessoa na segunda fase, a da maturidade plena. Havendo a identificação se aprende com o reconhecimento, ao acontecer a negação durante a leitura, meu conselho é para que se atente duplamente ao que está escrito. Afinal o fator da negação é mais importante que a identificação pois é onde reside a verdade, em grande parte das vezes, por não querermos encara-la.
“Não preciso mais agradar, dizer sim ou ir contra minha vontade. Agora tenho outras escolhas e a coragem de exercê-las.”
A jornada, sempre começa com a saída da zona de conforto. O deixar a segurança e proteção do conhecido e partir. Não haverá a quem culpar além de si mesma e a responsabilidade está olhar para si, pegar a espada de sua verdade e encontrar sua voz, escolher ser destino e arcar com o fruto dessas escolhas. O livro todo vai mostrando os perigos e propondo como enfrenta-los, analisa-los e até mesmo aceita-los como parte não apenas da jornada, mas da mudança que acontecerá ao longo dela. Além de prepara-la para o pior e mais desafiador de todas as dificuldades, onde “a sociedade que lhe diz, sorrindo: “Sim, querida você pode fazer tudo o que quiser” enquanto continuará sabotando o seu progresso” porque você poderá fazer tudo o que quiser desde que faça o que ele – a sociedade – quer.”
“Não importa quão bem-sucedida seja: ela ainda precisa ligar com o fato de que o mundo exterior é hostil às suas escolhas.”
O texto, corre como um dialogo e sua fluidez estará mais ligado à sua facilidade com o assunto e quem está lendo do que com a escrita. Claro que posso afirmar que esse não é um livro de leitura continua, é um texto para estudo, analise e por esse e outros motivos deve ser lido à medida que a pessoa que lê sente-se pronta a ir para o próximo capítulo ou mesmo parágrafo. Sei que algumas pessoas podem ser contorcer agora, mas esse é meu tipo de livro para usar marca texto, fazer anotações e reler daqui alguns anos para me encontrar novamente com o texto e com o eu que fez essa primeira leitura. E vê como e até o quanto eu mudei em minha própria jornada.

A inclusão de outras mulheres diferentes entre si tanto em origem, idade e demais pontos incluem nessa leitura uma riqueza ainda maior e evita que o monologo se estabeleça como a autora em único plano. Os mitos além da riqueza cultura são exemplificações do argumento ou questionamento proposto e também nos mostram o quanto esse tipo de debate é antigo e existe em maior ou menor grau. E assim a ser dona de si, inteira em um relacionamento e não metade, entendedora e conhecedora do que te motiva, te realiza e realmente te faz viver e não apenas existir segundo os desejos seja dos pais, de sua companhia afetiva ou da sociedade. È não se conformar em viver na roda criada e ainda sim, não se entender como o bastante para ela. E sobre se bastar para si mesma e não tentar ser o que outra pessoa julga que você deva ser. E sobre seu lugar de fala onde você estiver, sobre encontrar dentre outras coisas sua própria voz.

Sobre a edição, preciso dizer que o trabalho realizado foi primoroso. Diagramação, fonte e papel dão muito conforto a leitura, imagens e referências de notas, bibliografia fontes de ilustrações tudo muito claro e organizado. Além de um prefácio maravilhoso escrito por Sandra Trabucco Valenzuela. Cabe ainda elogios a tradução e revisão.
 
Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses
Boa leitura e divirta-se.

[Resenha] Mais Uma Vez Amor de Liza Kleypas











Mais Uma Vez Amor
Autor :
 Liza Kleypas
Paginas : 304
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance de época
Classificação :


Sinopse:

Lady Aline Marsden foi criada para um único objetivo na vida: conseguir um casamento lucrativo com alguém de sua própria classe social. Mas, em vez de cumprir seu destino, ela preferiu entregar sua inocência a John McKenna, empregado da propriedade de seu pai.
A transgressão impetuosa dos dois foi imperdoável. Por causa dela, John foi mandado embora e Aline foi mantida na casa da família no campo, privada do convívio com a sociedade londrina.
Doze anos depois, McKenna se transformou em um homem rico e poderoso. E ele está de volta, com sua beleza indomável e impressionante, determinado a se vingar da mulher que destruiu seus sonhos românticos.    Só que a paixão entre os dois não se apagou, e logo volta a arder mais forte do que nunca. Agora McKenna precisa decidir o que é mais importante: levar até o fim seu plano cruel ou entregar seu coração de novo a seu primeiro e único amor.

Olá pessoa! Quem já se apaixonou por um livro pela capa? Então, eu amei essa capa e depois de ler a sinopse e um evento maravilhoso de romance de época foi impossível não querer me perder nas páginas dessa história que precede a série As quatro estações do amor. Agora eu conto o que achei da história.

Esse conta a história de amor das duas irmãs do conde de Westcliff, confesso que à medida que fui conhecendo a Lady Aline Marsden e sua vida como filha de um aristocrata rural Inglês, criada para um único objetivo na vida: conseguir um casamento lucrativo com alguém de sua própria classe social. E que acabou se apaixonando John McKenna, alguém mais que considerado inadequado foi persuadida a abandona-lo e seguir seu caminho, foi impossível não me lembrar da história de Jane Austen e Persuasão, alguns dos outros motivos eu não posso contar, sob a pena dar spoiler em ambas histórias. Mas essa história definitivamente não é uma releitura, e se foi inspirada serviu para ser uma base para uma história realmente única da Lisa para seus leitores.
“– O passado nunca é irrelevante – declarou o conde em sua voz muito grave.”
A passagem de tempo é um marco definitivo para essa leitura se tornar impossível de parar de ler até o final, porque estamos falando de um salto no tempo de doze anos. Vamos aos poucos descobrindo o que aconteceu durante esse período que no presente nos traz um Mckenna rico e poderoso. E ele está de volta, com sua beleza indomável e impressionante, determinado a se vingar da mulher que destruiu seus sonhos românticos.
“– Já vi fadas dançando no gramado antes – falou –, quando tomei a quantidade necessária de uma garrafa de conhaque para tanto. Mas até hoje eu nunca havia dançado de verdade com nenhuma.”
Preciso dizer que eu realmente amei o segundo casal, que acontece com o encontro de Lívia e o amigo que acompanha Mckenna em seu retorno. Em minha opinião a história de Aline não se sustentaria em um livro sozinha. E sinceramente achei o casal Lívia e Gideon Shaw com uma base para o amor dos dois muito melhor. Mesmo ela sendo a irmã caçula tinha muito mais maturidade e também uma enorme noção de si mesma e das bases que constroem um relacionamento, feito para durar. As cenas dela pra mim fora deliciosas no livro e ambos tinham algo para superar de forma individual para só então seguirem juntos.
“– Todas as coisas realmente prazerosas da vida são invariavelmente ruins para nós... e são ainda melhores quando feitas em excesso.”
Um personagem secundário, eu já queria saber se o Adam tem sua história contada, mesmo que brevemente em algum dos livros da série. Mesmo em suas breves aparições ele conseguiu me cativar muito, e já falando em cativar eu fiquei muito, muito, muito curiosa sobre a história do irmão delas - Marcus Marsden, que será contada em “Era Uma Vez No Outono”.

Eu realmente gostei muito da ambientação histórica sobre o crescimento dos Estados Unidos já não como colônia e sim um país repleto de oportunidades, com um sentimento de otimismo e um lugar onde um “ninguém” poderia se fazer alguém, a despeito do título ou de sua origem. E ainda sim, um lugar onde estar na sociedade era uma questão muito mais do que apenas ser um novo rico.

Toda as situações girando em torno de superação das diferenças, principalmente de classe, nacionalidade e culturais dão sim uma consistência a história. E fazem quase ser possível acreditar que esses personagens possam ter existidos em um lugar que não seja apenas nas páginas dos livros. Foi uma leitura muito divertida e ótimo para evitar uma ressaca literária e despertar o desejo de ler os próximos livros da série.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] Natureza Morta de Louise Penny







Natureza Morta
Autor :  Louise Penny
Paginas : 304
Editora : Editora Sextante                                Gênero : Romance Policial, Ficção                           Classificação :


Sinopse

Em Natureza morta, Louise Penny apresenta o inspetor-chefe Armand Gamache, que conduz esta brilhante e premiada série de mistério.
O experiente inspetor-chefe Armand Gamache e sua equipe de investigadores da Sûreté du Québec são chamados a uma cena do crime suspeita em Three Pines, um bucólico vilarejo ao sul de Montreal. Jane Neal, uma pacata professora de 76 anos, foi encontrada morta, atingida por uma flecha no bosque.
Os moradores acreditam que a tragédia não passa de um infeliz acidente, já que é temporada de caça, mas Gamache pressente que há algo bem mais sombrio acontecendo. Ele só não imagina por que alguém iria querer matar uma senhora que era querida por todos.
Porém, o inspetor-chefe sabe que o mal espreita por trás das belas casas e das cercas imaculadas e que, se observar bem de perto, a pequena comunidade começará a revelar seus segredos.   Natureza-morta dá início à série policial de grande sucesso de Louise Penny, que conquistou leitores no mundo todo graças ao cativante retrato da cidadezinha, ao carisma de seus personagens e ao seu estilo perspicaz de escrita.


Olá pessoas, a editora arqueiro trouxe uma nova série para nossa alegria. Dessa vez, longe dos romances e histórias focadas no mistério e na trama policial. Dos três primeiros lançamentos essa sinopse foi a que mais me chamou a atenção, então decide começar a leitura da nova série por essa história, e não me arrependo!

Eu amei logo de cara perceber que a história se passa no Canadá, após ler Anne de Green Gables não me recordo de outra história que ocorra em terras canadenses. Porém dessa vez, tem uma questão que não havia sido abordada em Anne. Uma certa rixa entre os que falam Frances e Inglês e claro, as questões culturais e sociais que giram entorno dessa questão.

Ao melhor estilo Agatha Christie somos apresentados ao inspetor-chefe Armand Gamache, que também fala em Frances-Inglês porém tem uma linha investigativa muito mais próxima da realidade e tão intuitiva e perspicaz quanto nosso querido Poirot. Não vou mentir, adorei a caracterização que distancia ambos personagens.

Vamos conhecer um bucólico vilarejo ao sul de Montreal, mesmo lá sendo considerado uma pequena cidade não consta nos mapas, é preciso saber para onde ir para encontrar Three Pines, assim, quando o experiente inspetor-chefe Gamache e sua equipe de investigadores da Sûreté du Québec são chamados a uma cena do crime suspeita, o primeiro desafio é descobrir onde fica o lugar aonde Jane Neal, uma pacata professora de 76 anos, foi encontrada morta, atingida por uma flecha no bosque.

Os moradores acreditam que a tragédia não passa de um infeliz acidente, já que é temporada de caça, mas Gamache pressente que há algo bem mais sombrio acontecendo. Ele só não imagina por que alguém iria querer matar uma senhora que era querida por todos. Porém, o inspetor-chefe sabe que o mal espreita por trás das belas casas e das cercas imaculadas e que, se observar bem de perto, a pequena comunidade começará a revelar seus segredos.

E assim somos levados a junto com sua equipe fazer parte da vida desse lugar encantador que tem seu charme no carisma de seus personagens e na deliciosa narrativa da autora. O texto flui de uma maneira deliciosa, te fazendo querer ler só mais um pouco antes de parar para outra atividade e se descobrir deliciosamente atrasado para o que quer que seja, afinal os suspeitos se avolumam e lógico aquele personagem tão “bonzinho” acabou de se tornar o principal suspeito na investigação.

Sabemos que a senhorita Neal foi morta com uma flecha e de maneira muito interessante somos apresentados aos rudimentos base do tiro ao alvo. E como não poderia deixar de ser uma referência que arranca sorrisos a Robin Wood e aos indígenas que praticavam a caça com arco e flechas. Outro fator que contribui pra trama ser fluida é a o uso de vários cenários e também o retorno a locais se tornam conhecidos, deixando a história sempre em movimento, tanto investigativo quando nas mais deliciosas fofocas locais, que como sempre acontece em pequenos lugares, remontam a vários anos e a várias gerações anteriores.

Cada personagem é único, a autora aborda bem a diversidade de pessoas em uma comunidade e também a representatividade em sua escrita. Foi uma grata surpresa várias referências durante a trama, em especial ao querido Oscar Wilde. À medida que vamos vendo a trama acontecer, várias vezes mudamos a suspeita de quem poderia haver cometido o crime, se foi algo intencional ou acidental e também torcemos para que não seja um o outro personagem.

Eu curti os diálogos e a maneira com a autora coloca a linguagem corporal como parte do contexto da conversa, fazendo parte da comunicação do momento. Além de também mostrar que somos um pouco aparência e muito menos verdadeiros quando estamos em público. Confesso aqui que em vários momentos senti falta de notas de rodapé em especial a questões mais regionais ou de referências. Em outros momentos eu apreciei como a investigação correu o ritmo menos acima da lei e mais próximo a realidade. Em outros admirei como a autora aborda brilhantemente como cada pessoa tem uma espécie de vida secreta mesmo daqueles com quem convivem no dia-a-dia e para desvendar o mistério é preciso recorrer a pequenos fragmentos de informações.

Como esse é o primeiro de uma série, só posso dizer que já estou animadíssima após ler o trecho do próximo livro no final deste. Mal posso esperar para reencontrar esses e os novos personagens, e claro ter a chance de revisitar Three Pines. Afinal, história pela metade mata quem lê de curiosidade.

Eu amei a edição porque veio com um mapa de duas páginas da cidade, com pontos de localização e referência, página amarela, diagramação perfeita pra leitura com tamanho e espaçamento de fonte super confortáveis, eu gostei da tradução porque não senti que ficou truncada pra eu perceber que truncou o entendimento e achei a revisão foi bem-feita e sem erros de ortografia. Ao final veio uma amostra da próxima história da serie e como comentei, preciso do próximo pra ontem!

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenhs] Silêncio na Floresta de Harlan Coben

 








Silêncio na Floresta
Autor: Harlan Coben
Editora:  Arqueiro
Páginas: 352
Gênero: Policial, Suspense, Mistério
Classificação:

Sinopse:

O passado nunca fica realmente para trás
Há vinte anos, durante um acampamento de verão, quatro adolescentes entraram na floresta à noite. Dois deles foram encontrados mortos. Os outros dois desapareceram sem deixar pistas. Quatro famílias tiveram a vida mudada para sempre.
E tudo está prestes a mudar de novo.
Paul Copeland, mais conhecido como Cope, finalmente está começando a aceitar a perda da irmã naquela noite. Criar sozinho a filha de 6 anos enquanto cuida da sua carreira em ascensão como promotor do condado o distrai de seus traumas do passado.
Mas quando um homem é encontrado morto com provas que o ligam a Cope, os segredos da família do promotor ameaçam vir à tona.
Será que esse homem desapareceu com a irmã dele, Camille? Será que ela está viva? Agora Cope precisa confrontar tudo que ele deixou para trás naquele verão há vinte anos. Só assim poderá decidir o que é melhor deixar enterrado e quais são as verdades que podem ser trazidas à luz.


Silêncio na Floresta é o 6º livro “stand alone” (sem ser da série Myron Bolitar) do autor Harlan Coben e foi lançado originalmente em 2007. O livro já tinha sido lançado no Brasil por uma outra editora, mas agora chega pela Editora Arqueiro com uma capa maravilhosa e seguindo o alto padrão de qualidade da editora.

Há 20 anos, durante um acampamento de verão, quatro adolescentes entraram na floresta à noite. Dois deles foram encontrados mortos. Os outros dois desapareceram, mas provas indicam que também foram mortos. Quatro famílias tiveram suas vidas mudadas para sempre.

Uma delas é a família de Paul Copeland, conhecido como Cope. Sua irmã Camille foi uma das vítimas. Hoje, ele é promotor do condado de Essex e está no meio de um complicado caso de estupro envolvendo dois jovens da alta sociedade.
"– Não me deixe sozinha aqui, por favor. Eu não deixei. Não naquele momento. Não até muito mais tarde, quando já estava de volta em casa, onde queria morrer por medo de retornar a um quarto como esse em que eu estava..."
O passado retorna quando um homem é encontrado morto e Cope o identifica como Gil Perez, uma das quatro vítimas do Matador do Verão.

Será que Camille também pode estar viva? Mas, onde? Por que nunca entrou em contato? Esse é o grande mistério que Harlan Coben guarda para o final, mas, como estamos falando do "autor das noites em claro", nada é tão simples assim.

Vou começar falando que este é um dos melhores livros do Harlan Coben. O Plot final pode não ser tão surpreendente, mas a forma como tudo acontece e se entrelaça com o passado da família de Cope é impressionante.
"Existem coisas que é melhor um homem não saber. "
Fiquei envolvido, conhecendo os personagens e buscando pistas que pudessem me dizer em que acreditar. Criei algumas hipóteses, mas só consegui acertar uma coisa desse complexo amaranhado de segredos.

O livro foi adaptado para uma série da Netflix. A produção é da Polônia e quero maratonar logo em seguida. Tem coragem de entrar nessa floresta?

                                     

 Com Amor, André do Blog Garotos Perdidos

[Resenha] Desenhando Letras de Juliana Moore


 








Desenhando Letras
Autor : Juliana Moore
Paginas : 144
Editora : Editora Sextante 
Gênero : Nacional, Técnico, Artes, Design
Classificação :


Sinopse:
Resgate o prazer de escrever à mão e desenvolva uma nova habilidade.
Quando foi a última vez que você escreveu em vez de digitar? Você gosta da sua letra? E se pudesse aprimorá-la de forma divertida e criativa?
Em Desenhando Letras, você vai resgatar o prazer de escrever à mão e aprender diferentes técnicas de es­crita, caligrafia e lettering.
Com uma linguagem acessível, a designer Juliana Moore nos leva a uma jornada de conhecimento e prática dessas técnicas, ensinando como aplicá-las para criar composições incrí­veis. Tudo explicado em detalhes para deixar sua agenda, seus ca­dernos e até suas paredes ainda mais coloridas!


Eu me animei com essa leitura, principalmente por minha filha ter um talento excepcional para o desenho. Com isso ela tem uma habilidade de traço e forma lindos e creio que a arte da escrita agrega valor a imagem. Então, antes de entregar o livro a ela eu li e fiz algumas atividades, afinal antes de entregar a ela eu precisaria confirmar se a proposta condiz com a idade. Vamos a agradável surpresa.

Esse é um guia prático e como o próprio nome sugere, oferece além de definições e conteúdos explicativos atividades para pôr em prática os ensinamentos, dados ao longo do livro. A uma linguagem acessível é alguns termos, ganham uma repetição bem-vinda ao aprendizado, pois é feito de forma sutil não cansando quem lê.
“A escrita nasceu da necessidade do homem de registrar sua passagem pelo mundo”
Assim como pensei para minha filha, o livro ganha aplicação para quem deseja fazer uso pessoal na hora de deixar a agenda, ca­dernos e para os mais talentosos até suas paredes mais coloridas! Eu creio que o livro cumpre a proposta de resgatar o prazer de escrever à mão e aprender diferentes técnicas de es­crita, caligrafia e lettering e para quem nasceu antes da turma dos anos dois mil vai se recordar que o caderno de caligrafia já foi item obrigatório na lista do material escolar. (E eu entregando total a idade, rs).

O livro acompanha a divisão em três partes sugerida no subtítulo: escrita, caligrafia e lettering, mas não pense que foi de forma impensada, ao contrário achei bastante oportuno e didático. Vale ressaltar que o livro é repleto de conteúdo desde a orelha, onde você vai descobrir que tem acesso gratuito a mais conteúdo de exercícios e treinamentos.

Cada um deles vai abordar o conceito, a aplicação e trazer a prática a quem está lendo através de atividades. E o que acho bem interessante salientar é que tudo é de forma clara e objetiva. Com o completo de frases que motivam e respondem aos principais medos e ansiedades de quem está de aventurando pela primeira vez. As explicações são acompanhadas de apoio visual com exemplos facilitando em muito o entendimento e assimilação do conteúdo. Então para esta chegando agora posso garantir que vai conseguir entender corretamente o que é ensinado e abordado ao longo do livro.

Tenho que dar destaque também ao importante esclarecimento de informações erradas ou equivocadas a respeito do assunto. O que é ótimo para quem quer aprender, então, falarei um pouco de cada parte, tentando mostrar o quanto achei a leitura e atividades proveitosas.
“Portanto a escrita, além de informar e registrar, é também uma atividade cognitiva e terapêutica.”
Sobre a escrita: logo no começo, temos uma boa resposta à pergunta: por que escrever à mão, e, porque é sim, possível acontecer o resgate do prazer da escrita dessa maneira. Ou, o desenvolvimento de nova habilidade. Preciso salientar, que a associação entre “letra bonita” bonita ou não para o aprendizado dessa arte, sempre surge quando os assuntos: Escrita, Caligrafia ou Lettering são levantados, de forma individual ou juntos. Por isso supus que foram excelentes as colocações e também propostas de atividades nesse sentido de tornar a letra pessoal mais bonita ou até legível.
“Caligrafia é a escrita com materiais que geram algum tipo de contraste, seguindo ou subvertendo modelos históricos. (...) traz também o aspecto artístico das letras, valorizando a estética e a legibilidade das formas.”
Entrando no assunto da Caligrafia, temos além de uma breve linha do tempo sobre a origem da escrita e como e, porque as letras foram normatizadas e claro o porquê disso. Assim, vamos além de aprender as diferenças entre escrita, caligrafia, lettering e tipografia, as classificações de modelos de letras e claro a importante lição de como usar esse livro em questão. Nessa parte também somos apresentados aos primeiros tipos de materiais para cada categoria de caligrafia, porém nada muito sofisticado o que permite que sejam de fácil aquisição. As referências dão um bom modelo para entender a atividade e os desenhos com direção e ângulos que ajudam a quem está iniciando.
“Lettering nada mais é do que desenhar as letras a partir de seu contorno ou preenchimento.”
Assim, chegamos ao ponto que imagino seja o desejo de quem ama a bela escrita e suas aplicabilidades, o lettering. Infelizmente, ainda sem tradução para o português e que por isso alguns acadêmicos usem letrismo. Achei a definição bem mais simples que a execução, até começar a ver que o caminho feito até aqui me preparou de forma bastante satisfatória pra achar o desenho das letras, quase tão fácil quanto a definição. Afinal achei esse o início de uma jornada de aprendizado e aprimoramento.

Fica também bem claro, a diferença entre a escrita, a caligrafia e o lettering. Que dá o ar mais moderno ao texto quando acrescentado os detalhes e ornamentos que enriquecem e personalizam o desenho, permitindo que o lápis mais simples, já seja um material adequado, porém sejamos honestos (você que me lê e eu) como amantes de papelaria nunca ficaríamos “apenas em um lápis”.

A edição é primorosa, com páginas em papel fotográfico, com imagens coloridas e diagramação que tornou o que era informativo e educativo em uma obra de arte prazerosa e com certeza incentivadora. A diagramação super confortável e o cuidado com os créditos fotográficos uma delicadeza que atribui a obra um sentimento de amor pelo trabalho realizado. O fato de o livro possuir uma dimensão de 20.96 x 27.94 cm além de facilitar a visualização das instruções, confere as referência e amostras um “merecia ser enquadrado”. O que convenhamos deixa ainda mais interessante e divertido se aventurar nesse guia.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

[Resenha] Um Cavalheiro a Bordo de Julia Quinn














Um Cavalheiro a Bordo
Autor: Julia Quinn
Páginas:  288
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Classificação:
 


Sinopse:

Julia Quinn já vendeu mais 1 milhão de livros pela Editora Arqueiro.
Ela estava no lugar errado…
Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna.  Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão.
Ele a encontrou na hora errada…
Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico.   No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela.   Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando Andrew descobre que Poppy é uma Bridgerton, entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo.  Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante paixão. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?

Este é o terceiro livro da serie Os Rokesbys e traz como protagonista Poppy Bridgerton, prima de Edmund Bridgerton, e que pra mim é a melhor Bridgerton dessa série. Ela foi passar uma temporada com a prima, mas adora explorar os arredores do local, detesta ficar em casa. E é em um desses passeios exploratórios a beira mar que ela se desvencilha de sua acompanhante e encontra uma caverna abarrotada de itens aparentemente valiosos. Mas é surpreendida por dois piratas a levam com eles pois ela acabou de encontras seu esconderijo. Mesmo jurando não os denunciar ela é levada e embarca numa grande confusão cheia de aventuras.

Poppy foi levada amarrada e amordaçada ao encontro do capitão do navio que é claro não é ninguém menos que Andrew Rokesbys. O que Andrew menos esperava é ver uma dama amarrada em seu navio mas também não poderia acreditar nela e deixa-la sabendo do esconderijo da caverna. Sendo assim, se vê obrigado a leva-la na viagem de uma semana até Portugal, e obviamente terão que dividir o mesmo espaço.

"Onde mais ele encontraria uma mulher que achasse gaiolas pombalinas um assunto interessante? Que conseguisse pegar cada comentário sarcástico que ela fazia, torcê-los, virá-los do avesso e devolvê-los de forma ainda mais sagaz."
Andrew na verdade não chega a ser um pirata, ele transporta documentos a mando da coroa real britânica, só que tudo em segredo. E como já sabemos é bem conhecido da família Bridgerton, vizinhos de uma na verdade. O nome da família teve muito peso quando ele descobre a verdadeira identidade da mocinha e sendo assim ele manteve a jovem senhorita Poppy em segurança por todo o período em que esteve no seu navio. O envolvimento e as implicâncias um com o outro acabou sendo inevitável durante este período, assim como o romance também se tornou inevitável.
"Poppy, a única mulher entre os irmãos, considerou ultrajante o fato de que ser a a única Bridgerton a morrer em caso de naufrágio, e foi isso que disse aos pais - exatamente com estas palavras - antes de marchar para junto dos rapazes e se atirar de cabeça no lago."
A maior parte do livro se passa dentro da cabine do navio de Andrew, onde a Poppy se encontra trancada para a sua própria segurança. Mas ela acaba fazendo amizade com o jovem Billy, o mais novo marujo de Andrew. As conversas são engraçadas, elaboradas e gostosas de ler.

A passagem da história em Portugal também é bem interessante e fogem um pouco da mesmice britânica. Quando tudo se resolve e ela enfim volta para casa, a finalização do desfecho não é corrida ou desleixada o que torna a experiência da leitura ainda mais gostosa e prazerosa.
Com certeza está entre os meus livros favoritos da autora.

[Resenha] Os Segredos da Felicidade de Lucy Diamond

 





Os Segredos da Felicidade
Autor :
 Lucy Diamond
Paginas : 320
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance, ficção
Classificação :



Sinopse:

Em uma casa de um bairro elegante, a história de duas mulheres volta a se cruzar...
Rachel e Becca são irmãs postiças que nunca se deram bem. Rachel é considerada a bem-sucedida da dupla: um casamento feliz, três filhos e uma casa grande, além de uma carreira invejável. Enquanto isso, a artística Becca pula de um emprego sem futuro a outro, divide um apartamento precário com uma colega excêntrica e já desistiu de encontrar o amor.
Com o passar dos anos, elas se afastaram e acabaram perdendo contato, mas um dia, quando Rachel não volta para casa à noite, seus filhos chamam Becca para ajudar. Uma vez lá, logo percebe que a vida da irmã não é tão perfeita assim: ela se divorciou, as crianças vivem em pé de guerra e sua carreira glamorosa desmoronou. E o pior de tudo é que ninguém tem ideia de onde ela possa estar.
À medida que desvenda os segredos de Rachel, Becca é forçada a encarar algumas verdades desagradáveis sobre a própria vida, e o futuro parece incerto.
Mas às vezes a felicidade pode aparecer nos lugares mais inusitados...


Olá pessoa, a febre dos romances de hoje me ataca novamente e por isso, comecei a colocar em dia os títulos lançados e que eu não havia lido. Um deles é os segredos da felicidade. Agora eu conto um pouco do que achei da leitura.

A história começa nos apresentando Rachel e Becca que são irmãs postiças e nunca se deram bem. Rachel é considerada a bem-sucedida da dupla: um casamento feliz, três filhos e uma casa grande, além de uma carreira invejável. Enquanto isso, a artística Becca pula de um emprego sem futuro a outro, divide um apartamento precário com uma colega excêntrica e já desistiu de encontrar o amor.

E vou logo avisando, Rachel é uma personagem muito fácil de odiar. Sabe a típica injustiçada silenciosa. De silêncio em silêncio criou um monte de maus entendidos que afetaram não apenas sua vida, mas de muitas outras pessoas. Sério nem o boy lixo (sério tóxico até a alma) do ex-marido dela foi me faz capaz de me compadecer dela no primeiro momento e tudo que acontecia com ela, não vou mentir, achava bom e pouco.
“Ultimamente, Becca parecia ter empacado no quesito romance. Houve uma época em que se considerava uma pessoa passional, inconsequente e impulsiva, que se apaixonava e desapaixonava como quem troca de roupa. Mas, recentemente, parecia que tinha esquecido como fazer isso, era como se aquela centelha impetuosa tivesse se apagado. Meu coração congelou, pensara algumas vezes, perguntando-se como alguém poderia descongelá-lo”.
Becca é aquela amiga típica fácil de gostar, tenta pensar positivo apesar do monte de problemas, sempre encontra uma maneira de tentar sair dos problemas e pagar suas contas, mas está longe de ser feliz. O parâmetro pra sua vida é a irmã e como a mãe ensinou o caminho das calorias pra descontar as raivas e frustações a distância só poderia ser maior. Até que um dia, quando Rachel não volta para casa à noite, seus filhos chamam Becca para ajudar. E ao chegar, logo percebe que a vida da irmã não é tão perfeita assim: ela se divorciou, as crianças vivem em pé de guerra e sua carreira glamorosa desmoronou.

O retorno de Rachel mostra que Becca ir embora nesse momento é inviável e assim, é preciso encarar o hoje e deixar o passado para quando as coisas estejam em uma situação melhor que a atual. Afinal, não existe nada que esteja ruim que não possa piorar. À medida que desvenda os segredos de Rachel, Becca é forçada a encarar algumas verdades desagradáveis sobre a própria vida, e o futuro parece incerto.
"Às vezes a visão de mundo simplista de uma criança era definitivamente melhor que a maneira como os adultos tratavam as coisas, complicando a vida com tantas nuances e camadas, turvando as águas com dúvidas e mágoas do passado."
E nesses momentos é que podemos aproveitar uma segunda chance, porque o sentimento de não tenho nada a perder impulsiona aquela dose de coragem extra. E Rachel realmente se pergunta o que esteve perdendo todo esse te
mpo. A história se desenrola de uma maneira completamente viciante. Os personagens secundários são extremamente encantadores, apaixonantes e claro Adam que tinha tudo para ser o idiota do ano nos faz pensar em como as primeiras impressões podem enganar completamente.

Uma história encantadora sobre luto, segundas chances e buscar a felicidade que está ao nosso alcance e não aquela vendida por comerciais ou pelo capitalismo selvagem. Pequenas coisas e grandes realizações como ser capaz de amar sem limitações é o caminho mais seguro para o sentimento duradouro de “ser feliz”. Sem passes de mágica ou fadas madrinhas, apenas se permitindo sair da bolha egocêntrica de dor e olhando em volta antes de se abrir para as oportunidades que a vida oferece.

Família, amizade e dedicação fazem milagres nessa história e por todos que se permitem viver plenamente a certeza de que enquanto há vida, existe esperança que a felicidade não seja um sonho e sim uma constante. Ah! Antes que eu me esqueça, que tal aproveitar além de uma história deliciosa receitas incríveis para prolongar o momento da leitura? Esqueça a balança e aventure-se nas receitas ao fim do livro, afinal viver perigosamente é especialidade de todo leitor que se aventura ao abrir um livro e embarcar em uma nova história.